Café: Verão com altas temperaturas e poucas chuvas prejudica a produção e reduz ainda mais os estoques, que já estão baixos. Assim, tendências é de que o mercado continue sustentado, porém, volátil. Produtores precisam aproveitar os momentos de alta para garantir maior rentabilidade na safra.
Quebra da safra brasileiraestá cada vez mais evidente para o mercado internacional. Alguns levantamentos, como o que foi feito esta semana pela Volcafe, aponta para perdas acima dos 18%. Se a perda de 11 milhões de sacas for concretizada, será um volume comparável à produção da Colômbia.
Segundo Marcus Magalhães, diretor executivo da Maros Corretora, este movimento de conscientização das perdas nos cafezais já vem se formando há algum tempo. “Nos últimos 50 dias o mercado já vem trabalhando em cima dessa possibilidade de uma quebra grande em Minas Gerais, em função de um verão totalmente atípico na região produtora… Essa expectativa vem se tornando realidade e os grandes players internacionais já trabalham estatisticamente com safras menores no Brasil”.
Magalhães explica que este cenário tem feito com que as cotações, principalmente em Nova Iorque, trabalhem com forte volatilidade. “Isso mostra claramente o grau de desconforto que o grande player internacional tem com suas posições em aberto no mercado… A maioria deles não acreditava nesse estrago na safra brasileira e vinha carregando desde o ano passado posições vendidas”.
Os estoques internacionais estão curtos, segundo o diretor executivo da Maros Corretora, o que pode comprometer ainda mais a oferta do produto. “Nos Estados Unidos, os estoques certificados (de arábica) em bolsa não chegam a 4,9 milhões de sacas de café, lembrando que o consumo mundial é de 142 milhões de sacas”.