Presidente da Cooxupé pede união entre cafeicultores para pressionar melhores preços
Após 15 dias passados sem pagamento das opções de café para Minas Gerais que deveriam ter sido efetuadas em 2009 pela Conab que estava em férias nesse período de festas, a Cooxupé hoje já tem a informação que recebeu por telefone da instituição que os cafeicultores começarão a receber a partir desta quinta-feira (07). Segundo o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, “a informação não é oficial, mas é uma conversa feita por telefone que dá um crédito a eles”.
Que a cafeicultura brasileira anda em crise muitos sabem e sentem na pele o mercado de instabilidades. O câmbio, uma dos maiores vilões desta história, já dá sinal no primeiro dia comercial do ano de impulsionar ainda mais os preços do café para baixo e fazem com que os importadores estabeleçam seus próprios preços sobre o produto brasileiro. “O poder de resistência do cafeicultor é muito pequeno, então o brasileiro não vende o café, ele é comprado, vendido pelo preço que o comprador quer”, diz o presidente da cooperativa.
Uma importante alternativa para o setor cafeeiro é a necessidade de uma união entre os produtores e assim pressionar para melhorar os preços. Os sindicatos e cooperativas regionais são peças fundamentais de representatividade.
Os problemas da cafeicultura ainda não param por aí. Uma perspectiva levantada pela Cooxupé prevê uma quebra de 4% sobre a produção de 2008 e a possibilidade de uma safra não muito boa para o café fino. “O que faltou para o produtor foi dinheiro”, explica Paulino.
O presidente explica ainda que o cafeicultor precisa e muito de programas de financiamento como o Funcafé que sustentam o produtor na época da colheita, uma vez que os gastos são muitos grandes, existe excesso de oferta e o preço do produto sempre cai. “O dinheiro do Funcafé precisa ficar disponível para o produtor nos momentos de comercialização para poder dar um suporte porque se não tiver esse suporte financeiro, não tem nenhuma medida que vai dar sustentação no preço”, conta. Fonte: Redação N.A.