ENTREVISTA – Eduardo Carvalhares Cafeicultura brasileira perde com câmbio

Cafeicultura brasileira perde com câmbio, custos de produção e falta de estratégia na venda

21 de dezembro de 2009 | Sem comentários Entrevistas Mais Café
Por: Noticias Agricolas




Com as cotações da saca a US$ 173, os produtores de café do Brasil poderiam ter uma boa rentabilidade, se não fosse pela atual valorização do real frente ao dólar. O exportador de café Eduardo Carvalhares afirma que o produtor brasileiro teve um grande aumento de custos nos últimos anos, com os defensivos, fertilizantes e mão de obra. “Vamos ter uma safra complicada no ano que vem. Tivemos várias floradas, o que significa uma colheita mais cara”.


Carvalhares chama a atenção para a necessidade de que o governo comece a planejar a entrada da safra 2010. “Temos que ter direito para a colheita, para a pré-comercialização e também leilões de opções, para que essa safra 2010 entre aos poucos no mercado, não pressionando os preços”.


O exportador explica também que este não será um ano de safra recorde, porém ela será cheia. “Nós vamos ter uma safra maior, o mundo precisa desse café, pois o consumo não caiu… Os números já divulgados mostram que teremos um consumo bom”. Ele afirma que há uma tendência de se abrir uma diferença maior entre os preços do café arábica fino e o de baixa qualidade. “Há muita procura pelo café bom”.


Carvalhares destaca também um ponto de melhoria na produção nacional. “Nós sabemos produzir com qualidade e eficiência, mas não sabemos vender bem nosso café. Nós vendemos com uma diferença muito grande em relação ao café da Colômbia e da América Central”. Ele afirma que é necessário convencer o consumidor que vale a pena pagar mais pelo café brasileiro. “Nosso café solúvel sofre restrições em grande parte da Europa, e isso não é justo. Nós temos qualidade e não tem porque não exportar nosso solúvel para lá”.


 



Fonte: Redação N.A.

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