Ponte entre cafeicultor e governo, CNC vê relação positiva com Maggi e espera solucionar demandas do setor
Necessidade de orientar os produtores em suas decisões e de uma melhor
avaliação do tamanho da cafeicultura brasileira são algumas questões que estão
em pauta. Coordenador dos membros do conselho destaca capacidade de decisão
rápida do atual ministro da Agricultura.
O Conselho Nacional do Café (CNC), principal entidade da agricultura
brasileira, é destacado por Maurício Miarelli, presidente da Cocapec e
coordenador dos membros do conselho do CNC, como uma “instituição de valor
inestimável para levar as questões da cafeicultura ao Governo Federal”. O papel
do conselho, segundo ele, sempre foi muito importante desde a sua origem, e os
trabalhos continuam tendo a responsabilidade de solucionar as demandas dos
produtores de café.
Antes presidido pelos próprios presidentes das cooperativas, o CMC hoje conta
com um presidente de dedicação exclusiva, Silas Brasileiro, que fica sediado em
Brasília. A demanda do conselhor, de acordo com Miarelli, cresceu muito. Logo, a
necessidade de trabalhar a longo prazo nos diálogos vem sendo cumprida por
Brasileiro, que “conhece profundamente o negócio do café e os cafeicultores”,
diz. Com isso, o CMC teve sua gestão otimizada.
Miarelli diz que há uma necessidade de os produtores terem um horizonte que
os orientem a tomar decisões. O longo prazo se faz importante porque o
investimento do produtor também é a longo prazo. Ele salienta que os preços
estão bons há alguns anos, mas há uma necessidade de se estar sempre atento ao
mercado, às questões de abastecimento e também às exigências dos consumidores,
“que mandam no mercado”. Logo, ele acredita que a força do conselho pode ser
essencial para avançar sobre essas questões.
Outros fatores apontados por Miarelli são a urgência de uma política de
sustentação de preços que seja remuneratória e uma boa gestão do dinheiro do
Funcafé. “Se o produtor não tiver nenhum apoio, ele vai ao mercado de vez. É
preciso que ele venda gradualmente sua safra”, avalia.
Questões como o tamanho da cafeicultura brasileira, principalmente no que diz
respeito ao tamanho do parque cafeeiro do país, ainda estão pendentes. No
entanto, ele conta que o relacionamento com o atual ministro da Agricultura,
Blairo Maggi, vem sendo bastante positivo. “Estamos contentes com a atitude
dele. Dinâmico, com capacidade de decisão rápida. Estamos esperançosos e
acreditamos que vamos avançar bastante”, conclui.