ENTREVISTA – Armazéns da CONAB em MG não conseguem receber todo o café dos Contratos de Opções

01/03/10

EXCLUSIVO: Entrevista com Marlon Braga Petrus da Cooparaiso – Armazéns em MG não conseguem receber todo o café produzido, Cooparaíso só entrega 60% da produção


Das 80.000 sacas previstas, apenas 55.000 foram entregues. Armazéns não têm capacidade para receber produção.



Os produtores de café não puderam entregar a quantidade prevista de sacas por conta da falta de capacidade de recebimento da Conab, durante a terceira entrega no sistema de opções. Os armazéns estão lotados e foram entregues somente 60% das 80.000 sacas previstas, um total de cerca de 55.000. Os produtores tentarão entregar essa diferença no quarto exercício.



O coordenador de comercialização do café da Cooparaíso, de São Sebastião do Paraíso, explica como ocorreu esse processo. “Poucos armazéns agora têm capacidade de recebimento. Então, a logística tem sido um problema sério, a gente não tem conseguido o agendamento da descarga em tempo hábil”.



Muitos produtores optaram pelo sistema de opções com o intuito de conseguirem pegar um melhor preço, mas não conseguiram, o que ocasionou um grande prejuízo aos cafeicultores.  “Um plano de opção bem feito tem que prever espaço para o recebimento de tudo”, diz Petrus.


O coordenador da Cooparaíso explica ainda que apesar de os preços do café estarem em alta, eles poderiam estar ainda mais alavancados caso o recebimento tivesse sido feito. “O comprador sabe que esses problemas estão acontecendo e sabe que os 3 milhões de sacas não vão ser exercidos”.



A recomendação, no entanto, é de que os produtores continuem entregando seus produtos apesar de tudo. Alguns cafeicultores, inclusive, queriam deixar o programa por conta de um atraso de pagamento acontecido na primeira entrega, mas a Cooparaíso e outras cooperativas incentivaram seus afiliados a continuarem.



Essas cooperativas ainda anteciparam os pagamentos do sistema de opções. “O produtor se preocupou demais, quando ele viu esse atraso acontecendo, queria abandonar o sistema e vender o café à vista. E isso é um absurdo porque é um direito que eles tiveram de vender o café nesse sistema”, afirma Petrus.


 


Fonte: Redação N.A.

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