As reações ao PLS (Projeto de Lei do Senado) 171/99, que trata da nova lei do cooperativismo, do senador Osmar Dias (PDT-PR), revelam a disputa sobre qual modelo de desenvolvimento o cooperativismo brasileiro deve seguir.
A favor do projeto está a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e o modelo do agronegócio exportador. Contra ela, e com promessa de manifestações pelo país, as organizações de agricultores familiares.
São três os principais motivos de polêmica sobre o projeto: o estabelecimento da unicidade cooperativista, a participação de empresas nas cooperativas e o item que possibilita o aporte de capital nas cooperativas, seja de empresas, grupos econômicos ou pessoas físicas.
“Não aceitamos que a OCB seja a única a determinar como e quando podem ser criadas cooperativas”, disse José Paulo Crisóstemo Ferreira, presidente da Unicafes, opositora do projeto.
Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, afirma que a entidade defende o projeto pela necessidade de que exista um órgão único de cadastro, para ordenamento do processo de criação e controle de cooperativas.
(DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA)