16/04/2010
O café é sem dúvida um dos ícones da América Central e o principal produto de exportação de várias nações daquela região. Além de garantir a geração de emprego e renda, a importância que representa o café desde o plantio até a xícara é que em seu caminho há uma rota de pontos positivos, principalmente para os pequenos produtores. Pata os países centro-americanos, o café cobre três aspectos relevantes: econômico, social e ambiental. Na safra 2008/2009, cinco países da América Central exportaram para a União Européia 4,8 milhões de sacas, ou seja, 46% do volume produzido na região.
Resultado do trabalho de 297 mil produtores em 890 mil hectares plantados, com um alto percentual de árvores abrigadas à sombra, contribuindo também para a geração de oxigênio, captação de água, evitando erosão e proporcionando um habitat natural para aves e outros animais. Em múltiplas rodas de negociação de comércio com a União Européia que são realizadas o café da região, lamentavelmente, nada tem ganhado.
Os produtores do grão têm demonstrado historicamente sua união, como prova subscreveram na Guatemala a \”Declaração Conjunta\”, que, firmada por organizações cafeeiras de cada país, na essência ratifica: Reiterar às equipes de negociações a posição do setor cafeeiro centro-americano que definiu, de maneira unânime e inequívoca, como postura ante uma eventual negociação que o café seja parte dela.
Os produtores querem que a regra de origem se negocie de forma estrita, determinando a região em que o café foi obtido e aplicar o reconhecimento das zonas de cultivo. Querem que o setor centro-americano de café tenha acesso preferencial aos produtos europeus elaborados com café, sendo que qualquer determinação de origem seja estipuladas, beneficiando os produtores.
Que se cumpra a condição de origem solicitada, sendo que o setor cafeeiro outorgaria acesso imediato e barreira zero para produtos elaborados com café, desde que com origem indicada. O documento foi firmado pela Associação Nacional do Café da Guatemala, Conselho Salvadorenho do Café, Instituto do Café da Costa Rica, Instituto Hondurenho do Café e também pelo Conselho Nacional do Café da Nicarágua.