11º Encontro Tecnológico do Café no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em São Sebastião do Paraíso, para discussão de desafios e novas tecnologias para o setor.
MGS Catiguá 3: Cultivar tem apresentado boa adaptabilidade no Sudoeste de Minas Gerais
(São Sebastião do Paraíso – 25.05.2016) No Dia Nacional do Café, 24 de maio, cafeicultores e técnicos do setor se reuniram durante o 11º Encontro Tecnológico do Café no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em São Sebastião do Paraíso, para discussão de desafios e novas tecnologias para o setor.
Em seis estações de campo, os participantes conheceram três cultivares de café desenvolvidas pela EPAMIG, em parceria com outras instituições de pesquisa, além de informações tecnológicas para manejo do cafeeiro. Monitoramento e controle de doenças e pragas importantes do café como a ferrugem, cercosporiose, broca e bicho mineiro foram orientados pelos pesquisadores da EPAMIG Vicente Carvalho, Rogério Silva e Júlio César de Souza. Os cafeicultores conheceram também objetivos do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Plano de Recuperação Ambiental (PRA) e os benefícios do cadastramento, a partir de palestra ministrada por consultor da Coopercitrus.
O coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Cafeicultura da EPAMIG, César Botelho, apresentou as características das variedades Catiguá MG1, Catiguá MG2 e MGS Catiguá 3. “As três cultivares são resistentes à ferrugem, produtivas e têm elevado vigor vegetativo. A Catiguá MG2 apresenta qualidade superior de bebida e a MG3 resistência ao nematoide das galhas. Todas elas têm apresentado boa adaptabilidade em diferentes regiões”, informa César.
O cafeicultor João Batista Marques está na quarta colheita da MGS Catiguá 3 em sua propriedade em Itamogi. A colheita do grão, que é processado por via úmida e vendido para cooperativa da região, é feita por máquinas. “Destinei parte da minha lavoura para o plantio de novos materiais de café, com objetivo de avaliar produtividade, controle de doenças e qualidade da bebida”, comemora o cafeicultor que terá esse não uma safra alta.
No Sítio Pimentas, o agricultor José Marcos implantou em 2006 mais de 6.000 pés da cultivar de café Paraíso MG1 para ampliar sua lavoura com novos materiais. “Esse ano devo obter uma média de 75 sacas por hectare”, conta. Os talhões da variedade Paraíso foram plantados mais próximos à casa do Sítio. “Por ser resistente à ferrugem, faço pouco uso de produtos químicos, apenas para controle preventivo de cercosporiose e broca”, completa.