RIBEIRÃO
03/12/2010
FOLHA DE SÃO PAULO DE RIBEIRÃO PRETO
As indústrias de café da região de Ribeirão Preto ganharam posições nos últimos três anos no ranking das cem maiores do setor, segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).
A Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas) de Franca foi a que mais subiu no ranking: saiu do 92º lugar para o 74º. A Camilo Alimentos Ltda., de Barretos, ganhou 12 colocações e atualmente ocupa o 49º lugar no levantamento.
A Torrefação e Moagem de Café Ribeirão Bonito Ltda., de Ribeirão Bonito, estreou no ranking na 85ª posição. Já a Café Utam S.A., de Ribeirão -a mais bem colocada na região- se mantém pelo menos desde 2006 no 12º lugar.
Segundo especialistas do setor, o fechamento de outras empresas e as fusões facilitam a entrada e o crescimento das empresas no ranking. Por outro lado, há preocupação com o avanço das multinacionais.
Segundo dados da Abic, nos últimos seis anos, 67% das associadas fecharam ou se fundiram, passando de 1.170 empresas para 384. No mercado brasileiro, 85% das vendas estão concentradas nas mãos de multinacionais.
Para as indústrias brasileiras, restam os mercados regionais. A Café Utam, que completa 40 anos de existência, tem seu foco na região e estima aumento de 10% no faturamento do próximo ano. Ela emprega 220 pessoas, incluindo as duas unidades em Minas Gerais.
Segundo a presidente da empresa, Ana Carolina Cardoso, a estratégia é difundir as marcas de acordo com as exigências regionais dos consumidores. Em Franca, diz ela, o café precisa ser extraforte pela ligação com Minas Gerais, onde se consome um café mais encorpado.
Já em Ribeirão, o café mais solicitado é o padrão. Na cidade, a Utam diz deter 51,7% do mercado. (VBF)