36 empresas integram a Feira Internacional de Luanda, que recebe mais de
1.500 expositores de 24 países.
A 24ª Feira Internacional de Luanda – Filda 2007, que acontece de 10 a 15 de
julho, em Angola, irá estimular o comércio do País com empresas brasileiras dos
setores de construção, máquinas e equipamentos, veículos, alimentos e bebidas,
utilidades domésticas, decoração, bijuterias, confecções, calçados, móveis,
produtos de limpeza e de serviços, tais como transporte marítimo e assessoria em
comércio exterior.
Pelo quinto ano consecutivo, a APEX-Brasil organiza a participação brasileira
no evento, desta vez com a expectativa de gerar negócios da ordem de US$ 11
milhões. “Queremos facilitar o acesso de novas empresas ao mercado angolano,
além de estimular o crescimento da atividade exportadora das pequenas e médias
que já atuam lá, ampliando sua participação nos negócios com a África”, explica
o coordenador da Unidade de Eventos Internacionais da APEX-Brasil, Juarez Leal.
As ações da Agência têm também o objetivo de consolidar e aprimorar a imagem
do Brasil, seus produtos e serviços em Angola e criar oportunidades de negócios
imediatos durante a Feira, bem como de criar possibilidades de expressiva
geração de negócios no prazo de 12 meses. No ano passado, as exportações
brasileiras para Angola chegaram a US$ 838 milhões, constituídas principalmente
por açúcar, carne bovina, biscoitos, leite e derivados, ferro e aço, móveis e
tratores. Angola exportou para o Brasil, principalmente, petróleo, resíduo de
alumínio, ferramentas e objetos de madeira, num valor total de US$ 464
milhões.
A Feira -Trinta e seis empresas de 14 setores seguem para Luanda nos próximos
dias. A Filda é a principal feira de negócios de caráter multissetorial da
região sudoeste africana e alcança também mercados de países limítrofes como
República do Congo, Namíbia, Botsuana, Zimbábue, Gabão e Zâmbia.
O tema da Filda este ano será “Aposta num sistema financeiro moderno como
alavanca para o desenvolvimento”, e um dos seis pavilhões a serem ocupados pelo
evento será totalmente dedicado a estandes de instituições financeiras, como
bancos, seguradoras, casas de câmbio e corretoras de valores mobiliários. Deverá
haver ênfase na atração de investimentos que viabilizem a implantação da Bolsa
de Valores de Luanda, uma das prioridades do Governo angolano.
Representantes de órgãos públicos angolanos estarão no evento com o objetivo
de ouvir as dúvidas e preocupações dos potenciais investidores estrangeiros. Em
sua vigésima quarta edição, a Filda é um evento consolidado, que cresce e se
estrutura a cada ano, permitindo a distribuição de amostras, podendo abrir e
prospectar mercados para muitos países da África do Sul.
Na última edição estiveram presentes 1,4 mil expositores de 16 países, que
ocuparam uma área de 38 mil m², visitada por 23,5 mil pessoas. Em 2006, o
estande brasileiro contou com 23 empresas, que realizaram negócios imediatos na
ordem de US$ 692 mil e futuros de US$ 7,41 milhões.
Este ano, a participação brasileira quase dobrou, com 36 expositores. O
Pavilhão Brasileiro ocupará uma área climatizada de 500m² e terá ainda um espaço
coordenado por uma barista para degustação de pão de queijo e café brasileiros.
Estarão presentes a Embaixada do Brasil em Angola, o Sebrae e a Associação
Brasileira de Franchising (ABF) que, em conjunto com a APEX-Brasil, ministrarão
seminários na tarde do dia 12, quando será celebrado o Dia do Brasil.
As palestras vão apresentar um panorama das micro e pequenas empresas
brasileiras, os produtos que o Sebrae, a atuação da APEX-Brasil e seus projetos
de promoção de exportação e alguns casos de sucesso de franquias no Brasil. Nos
últimos 12 meses, 8 redes brasileiras abriram lojas no país africano, que passa
por um acelerado processo de reconstrução após anos de guerra civil. Entre as
franquias verde-amarelas estão Richards, Bobs, Mundo Verde, Fisk, Sapataria do
Futuro, Boticário, Mister Sheik e Werner.
Mercado atraente – A economia de Angola foi bastante afetada pela guerra
civil, colocando o país juntamente com Guiné-Bissau entre os mais pobres do
planeta. Todavia, Angola já apresenta boas taxas de crescimento apoiadas
principalmente por suas exportações de petróleo.
“A grande vantagem do mercado angolano diz respeito à real possibilidade de
negócios para pequenas empresas brasileiras, com produtos direcionados à
população de pequeno e médio poder aquisitivo”, observa Juarez Leal da
APEX-Brasil. Segundo ele, há demanda desde por bens de consumo até por
instalação de parques industriais, e Angola possui o potencial de se transformar
em um país muito promissor na África. Fatores em comum com o Brasil tais como a
similaridade cultural, a língua portuguesa, a religião predominantemente
católica e o clima, facilitam a interação e ajudam a promover as exportações
brasileiras para o país africano. | Sites: www.angola-portal.ao | www.filda-angola.com/index.html|
Por: AE/Business Wire Latin America.