Os sorocabanos apreciadores de café terão, a partir de outubro, mais uma opção para o consumo da tradicional bebida: o café em cápsulas está chegando à cidade, através da torrefadora de café Santa Fé, que comercializará o produto em embalagens contendo desde 20 unidades e até 250 unidades. Inicialmente, serão disponibilizadas também 500 máquinas para o preparo do café, fabricadas pela empresa italiana Rossi, e que serão locadas pelo preço promocional (até dezembro) de R$ 49,90, por mês, com direito à manutenção. Há também a possibilidade de aquisição do equipamento e o preço de venda e formas de pagamento também serão divulgadas a partir do próximo mês.
A empresa já trabalha no mercado de ‘monodoses’ com sachês e o processo de venda do café em cápsulas será iniciado com cinco sabores, a partir do cultivo e produção dos grãos feitos em várias regiões do Brasil, inclusive sul de Minas Gerais e Espírito Santo (considerados de alta qualidade). Posteriormente outros sabores serão incorporados. Todos os fornecedores da torrefadora são auditados e o café Santa Fé diz possuir rígido controle de qualidade e faz a rastreabilidade do produto. “Controlamos a qualidade do produto desde a planta até a xícara”, assegura o diretor comercial da empresa, Luiz Fernando Leme.
O grupo Rossi é considerado o maior no segmento de expresso no mundo; tem uma parceria com o café Santa Fé há 37 anos (desde a fundação da torrefadora) e, em Sorocaba, funciona o escritório de negócios da empresa para a América Latina, informa Leme. “O café Santa Fé investe em sistemas novos de café e em inovações tecnológicas. Todo o processamento para a torrefação é feito com equipamentos tecnológicos de alta performance, inclusive o envasamento”, destaca o diretor.
E a Rossi é uma empresa que continuamente está investindo em tecnologia e preocupada com as exigências do público consumidor, segundo o diretor. “É um sistema que vai revolucionar o mercado de café em Sorocaba, porque as pessoas terão várias opções. E estimamos que o consumo local seja de 200 mil doses por mês”, afirma Leme.
Tendência mundial
O consumo de café em cápsulas é uma tendência mundial, grandes empresas já adotaram esse sistema e contam com as máquinas da fabricante italiana. A inserção do produto no mercado local representa uma evolução na forma de consumo do café e atende as exigências de um público consumidor que prefere tomar a bebida com todas as suas características preservadas, enfatiza Leme.
Explica o diretor que, a partir do momento em que o pacote de café comum é aberto, o produto sofre oxidação; com o sistema de cápsulas, por ser embalado em doses unitárias, isso não acontece, e o café mantém a qualidade, desde a fabricação e até o consumo. Além disso, com as máquinas, é possível preparar vários tipos de café no mesmo equipamento. “Hoje somos a única empresa na América Latina que possui todos os sistemas de expresso que existem no mundo”, afirma o diretor.
Os consumidores terão várias alternativas para adquirir o café em cápsula: por telefone, fax, internet, nas lojas da torrefadora e cafeterias. Os interessados poderão cadastrar-se no site da empresa www.cafesantafe.com.br. A torrefadora café Santa Fé industrializa aproximadamente 800 toneladas/mês de café em grãos e sachês e já exporta para países como Itália e Canadá. Futuramente, a empresa pretende exportar também o café em cápsula.
32,6 milhões de sacas
Em Sorocaba funcionam cinco torrefadoras de café – café Santa Fé, café São Paulo, café São Bento/café Ki Kafé e café Excelsior. Também produtor de café, o empresário Cláudio Junqueira, é o detentor da marca Black Gold, café tipo exportação, comercializado nas versões moído e em grãos, e vendido para clientes nos Estados Unidos, Itália, Holanda, Malásia e Japão. A produção total é de 10 mil sacas/ano e 10% destinam-se à marca.
Em nível nacional, a Associação Brasileira da Indústria do café (Abic) tem a expectativa de colher 32,6 milhões de sacas de café na safra 2007/2008, e que o consumo interno este ano chegue a 17,4 milhões de sacas, o que representa 52% da safra a ser colhida. As vendas no setor devem alcançar R$ 6,7 bilhões. No ano passado, foram R$ 5,4 bilhões. A Abic agrega mais de 500 empresas de torrefação e moagem.