Gustavo Nehemy é produtor de café há 15 anos. Na
fazenda em Guaranésia, sul de Minas Gerais, ele tem 25 hectares cultivados com
arábica.
A lavoura tem o selo Certifica Minas Café, uma conquista que já trouxe
benefícios. Gustavo vendeu 30% das 800 sacas que colheu por um preço superior ao
de mercado.
O selo foi criado em 2006 pelo governo do estado com o objetivo de adequar as
propriedades e lavouras de café de Minas Gerais com foco no pequeno e médio
produtor.
Para receber a certificação é preciso atender a 95 ítens, entre eles,
iniciativas de preservação ambiental, segurança no trabalho e controle da
produção. As exigências somam valor ao café.
O café certificado começou a despertar interesse de outros países, que têm
valorizado os grãos produzidos em lavouras sustentáveis. Uma empresa da Alemanha
comprou 50 mil sacas de arábica. Esta foi a primeira vez que o café com este
selo foi vendido para o exterior.
A negociação foi feita por uma exportadora de
Guaxupé. Hoje, o agricultor recebe, por saca, cerca de R$ 280. Com a
certificação, cada saca é vendida pela cotação do dia mais R$ 3 de bônus.
O próximo passo é aumentar o número de produtores com o selo para ampliar as
exportações.
As sacas de café certificado começam a chegar na Alemanha em outubro. O
produtor que quiser informações sobre o programa de certificação de Minas Gerais
pode entrar em contato com a Emater do estado.
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