SÃO PAULO, 30 de junho de 2010 – A Embrapa Informática Agropecuária, sediada em Campinas-SP, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), vai desenvolver a pesquisa \”Análise do risco de epidemias da ferrugem do cafeeiro, a partir de estações de avisos fitossanitários, com o auxílio de modelos de alerta da doença\”.
O objetivo é analisar e informar, por meio das estações de avisos fitossanitários da Fundação Procafé, o risco de epidemias da ferrugem do cafeeiro, com auxílio de modelos empíricos de alerta da doença. Os boletins servirão de apoio para a tomada de decisão sobre as medidas a serem adotadas para controle e o momento mais adequado para implementá-las.
O impacto desejado é contribuir para um controle racional da doença, auxiliando a identificar os momentos oportunos para a aplicação de fungicidas, no sentido de evitar o uso indiscriminado e desnecessário de agrotóxicos e reduzir os custos com esses produtos para os cafeicultores, além de diminuir o risco de contaminação humana e ambiental.
\”Os sistemas de alerta de doenças de plantas ajudam a promover o uso racional de agrotóxicos, ao indicar as condições que favorecem ou deixam de favorecer uma doença, permitindo agir somente quando necessário\”, afirma o pesquisador da unidade Carlos Alberto Alves Meira, líder do projeto.
Ele explica que a ferrugem é a principal doença do cafeeiro. No Brasil, em regiões onde as condições climáticas são favoráveis à doença, os prejuízos atingem cerca de 35% da produção, em média, podendo chegar a mais de 50%. Daí a importância do desenvolvimento desses sistemas. \”Esforços já foram realizados nesse sentido, mas poucos modelos foram validados e não se tem registro do seu uso continuado\”, complementa Meira.
A proposta da equipe é desenvolver os modelos de alerta a partir de uma infraestrutura de monitoramento de doenças e pragas do cafeeiro já existente na Fundação, que inclui um conjunto de estações meteorológicas, equipamentos, canais de comunicação e técnicos especializados.
(Redação – Agência IN)