07/12/2015
Pesquisa acontece por
mudanças climáticas que afetam a produtividade.
Estudo do DNA também
permitiria um crescimento mais rápido do café.
Pesquisadores da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Café, em Lavras (MG), estão
estudando o DNA de alguns cafeeiros para produzir novas variedades da planta,
que devem ser resistentes a algumas doenças e ter um ciclo de crescimento mais
rápido.
As variações climáticas que
têm acontecido nos últimos anos afetam a produtividade nas lavouras, e por isso,
os pesquisadores da Embrapa tentam desenvolver a planta. Segundo o coordenador
da pesquisa, Alan Carvalho Andrade, eles utilizam técnicas genômicas para
acelerar os programas de melhoramento genético para os cafeicultores.
“[Geralmente] eles demoram
muito tempo. E o produtor tem pressa, as mudanças climáticas já são uma
realidade, e a gente espera com isso desenvolver materiais superiores para o
produtor”, explica.
Segundo o coordenador, as
pesquisas começam na extração do DNA de mudas do café, e a partir daí, todo o
genoma da folha é sequenciado. Com essa análise, é possível prever o
comportamento das plantas no campo. “Se elas vão ser mais produtivas, mais
tolerantes à seca, tolerantes à ferrugem e ainda ter um café de qualidade, e
isso no mais curto espaço de tempo, acelerando as pesquisas”, completa
Andrade.
O pesquisador explica ainda
que eles tentam chegar a uma variedade específica que seja mais resistente e de
rápido crescimento. “As pesquisas já estão bem avançadas, nós já estamos na fase
de validação no campo e muito em breve essas novas variedades de plantas estarão
disponíveis para o produtor”, finaliza.
Veja o vídeo
da matéria