As exportações brasileiras de café em grão ficaram em 2,622 milhões de sacas de 60 quilos em dezembro de 2012, tendo apenas uma irrisória queda de 0,3% no comparativo com dezembro de 2011, quando os embarques foram de 2,629 milhões de sacas. Os dados foram divulgados pela Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A receita alcançada com os embarques de café verde em dezembro de 2012 foi de US$ 538,4 milhões, com média diária de US$ 26,4 milhões, enquanto o volume médio embarcado diariamente foi de 131,1 mil sacas. O preço médio foi de US$ 205,30 por saca em dezembro.
Em dezembro de 2011, a receita das exportações de café havia somado US$ 744,7 milhões (média diária de US$ 33,8 milhões), e o volume embarcado chegara a 2,628,8 milhões de sacas (média de 119,5 mil sacas/dia), com preço médio de US$ 283,30 por saca. Houve, portanto, em dezembro de 2012, uma queda de 20,5% em receita média diária e de 27,5% no preço médio obtido. Embora no total o volume acumulado exportado em dezembro tenha sido apenas ligeiramente maior que em igual mês de 2011, a quantidade média diária embarcada cresceu 9,7% no comparativo.
Em novembro de 2012, o Brasil havia obtido receita de US$ 528,5 milhões – média de US$ 26,4 milhões, através das exportações de 2,503 milhões de sacas de café, com média diária de 125,2 mil sacas. O preço médio ficara em US$ 205,30 por saca. Na comparação entre dezembro e novembro de 2012, as exportações de café cresceram 1,9% no valor médio diário e 4,7% na quantidade média diária, enquanto o preço médio caiu 2,7%.
A volta do feriado de Ano Novo foi de volatilidade no mercado internacional, embora no balanço desses primeiros dias de 2013 a Bolsa de Nova York demonstre dificuldades para encontrar um melhor caminho. As notícias positivas sobre uma saída para o chamado “abismo fiscal” nos Estados Unidos, com a aprovação de uma medida no Congresso americano, embalaram a bolsa para o café no dia 02 de janeiro, com os preços batendo nos patamares mais elevados em seis semanas. Mas, já no dia 03, o mercado voltou à realidade e despencou quase 2% no fechamento. O sentimento de que a oferta é crescente em 2012/13 no mundo, com o Brasil ainda detendo grande parte da safra 2012 a vender antes de entrar a de 2013, tomou conta da bolsa e as cotações voltaram a perder terreno.
Enquanto isso, no Brasil, a semana quebrada pelo feriado se arrastou até esta sexta-feira, com muitos agentes ainda fora de atividade. Apenas quinta-feira de manhã (03), quando NY parecia que ia ter uma sequência na alta da quarta-feira, houve uma melhor movimentação. Durou pouco, já que NY voltou a cair e o ritmo de negócios no país voltou à morosidade, com a expectativa de maior interesse para a próxima semana, com o final do período de semanas diminuídas pelas festas de fim de ano.
(LC)