08/12/09
Alexandre Inacio, de São Paulo
As exportações brasileiras de café atingiram em novembro um volume de 2,53 milhões de sacas. O resultado do mês passado representa uma queda de 13,7% em comparação a novembro de 2008, quando os embarques somaram 2,94 milhões de sacas. Em receita, as vendas externas totalizaram US$ 382,03 milhões, queda de 16,9% ante o mesmo período do ano passado.
Do total exportado em novembro, 91% são referentes aos embarques de café verde e 9% a solúvel. Foram vendidas 2,25 milhões de sacas de café verde (-13,7%) e 51,99 mil de café solúvel, queda de 51% sobre novembro de 2008.
A queda no volume embarcado no mês passado já era esperada pelo mercado. Segundo Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o menor volume exportado é reflexo de uma disponibilidade inferior devido ao ciclo de baixa da cultura no Brasil. Além disso, os estoques que existem são pequenos e estão diluídos entre os vários agentes do mercado.
No acumulado do ano, no entanto, o desempenho das exportações é positivo. Entre janeiro e novembro de 2009 foram exportadas 27,71 milhões de sacas, resultado 6% superior ao mesmo período de 2008. “Isso acontece porque no ano passado tivemos uma oferta maior com o ciclo de alta. Essa disponibilidade teve reflexos durante o primeiro semestre deste ano e acabou gerando um resultado maior no acumulado até agora”, afirma Braga.
A menor disponibilidade de café proveniente do Brasil também está trazendo reflexos sobre os preços no mercado internacional. Ontem, os contratos com vencimento em janeiro subiram 3,7% para 146,60 centavos de dólar por libra-peso, ou seja, um ganho de 525 pontos em apenas um dia. Para o analista da Newedge, Rodrigo Costa, a alta foi incentivada pela estabilização do dólar, que voltou a atrair fundos para o mercado de café. “Na sexta-feira, a alta da moeda americana desviou o fluxo de investimento. Na segunda-feira o mercado voltou ao normal e fundos voltaram a comprar e equilibrar o mercado”, disse Costa.
Segundo o analista, os fundamentos também deixam o mercado firme. As chuvas durante a colheita da safra brasileira reduziram a qualidade do produto. “Existe uma demanda no mercado por cafés de qualidade.
A Colômbia teve uma safra menor e por conta disso existe uma escassez de café de qualidade no mercado atualmente”, afirma Costa. Ele lembrou que ainda existe incerteza sobre a próxima safra no Brasil. Para Costa, a qualidade será prejudicada e é possível que o volume seja menor que o esperado.
As exportações brasileiras de café atingiram em novembro um volume de 2,53
milhões de sacas.
As exportações brasileiras de café atingiram em novembro um volume de 2,53 milhões de sacas. O resultado do mês passado representa uma queda de 13,7% em comparação a novembro de 2008, quando os embarques somaram 2,94 milhões de sacas. Em receita, as vendas externas totalizaram US$ 382,03 milhões, queda de 16,9% ante o mesmo período do ano passado. Do total exportado em novembro, 91% são referentes aos embarques de café verde e 9% a solúvel. Foram vendidas 2,25 milhões de sacas de café verde (-13,7%) e 51,99 mil de café solúvel, queda de 51% sobre novembro de 2008. A queda no volume embarcado no mês passado já era esperada pelo mercado. Segundo Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o menor volume exportado é reflexo de uma disponibilidade inferior devido ao ciclo de baixa da cultura no Brasil. Além disso, os estoques que existem são pequenos e estão diluídos entre os vários agentes do mercado. No acumulado do ano, no entanto, o desempenho das exportações é positivo. Entre janeiro e novembro de 2009 foram exportadas 27,71 milhões de sacas, resultado 6% superior ao mesmo período de 2008. “Isso acontece porque no ano passado tivemos uma oferta maior com o ciclo de alta. Essa disponibilidade teve reflexos durante o primeiro semestre deste ano e acabou gerando um resultado maior no acumulado até agora”, afirma Braga. A menor disponibilidade de café proveniente do Brasil também está trazendo reflexos sobre os preços no mercado internacional. Ontem, os contratos com vencimento em março subiram 3,7% para 146,60 centavos de dólar por libra-peso, ou seja, um ganho de 525 pontos em apenas um dia. Para o analista da Newedge, Rodrigo Costa, a alta foi incentivada pela estabilização do dólar, que voltou a atrair fundos para o mercado de café. “Na sexta-feira, a alta da moeda americana desviou o fluxo de investimento. Na segunda-feira o mercado voltou ao normal e fundos voltaram a comprar e equilibrar o mercado”, disse Costa. Segundo o analista, os fundamentos também deixam o mercado firme. As chuvas durante a colheita da safra brasileira reduziram a qualidade do produto. “Existe uma demanda no mercado por cafés de qualidade. A Colômbia teve uma safra menor e por conta disso existe uma escassez de café de qualidade no mercado atualmente”, afirma Costa. Ele lembrou que ainda existe incerteza sobre a próxima safra no Brasil. Para Costa, a qualidade será prejudicada e é possível que o volume seja menor que o esperado.