fonte: Cepea

Em ano de bienalidade negativa Conab projeta safra de café para 2025, 4,4% menor que ano anterior

Além da bienalidade negativa, os efeitos da restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração impactaram a produtividade

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou nesta terça-feira (28), a primeira estimativa da safra brasileira de café para 2025. Se confirmada, a produção total deste ano será de 51,8 milhões de sacas de café, 4,4% menor que a safra passada.

Segundo o gerente de acompanhamento de safras da Conab, Fabiano Vasconsellos, além da bienalidade negativa, os efeitos da restrição hídrica e altas temperaturas nas fases de floração impactaram a produtividade.

“No 3º trimestre de 2024 é possível observar que as precipitações ainda não haviam chegado nas principais regiões produtoras, principalmente do arábica, isso acabou causando desfolha, prejudicou a floração e pegamento de frutos,” explica Fabiano.

Além disso, devido à influência da bienalidade negativa, alguns produtores optam por realizar apenas manejo em parte da produção. Isso também contribui para a redução da área de produção.

Apesar disso, a área em formação obteve um aumento semelhante ao de 2021 e 2022, anos que a cafeicultura enfrentava os impactos da geada.

Para o café arábica, a estimativa aponta uma produção de 34,7 milhões de sacas, uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior.

Neste gráfico podemos perceber a bienalidade mais evidente antes de 2021, após isso os problemas climáticos afetaram diretamente a produtividade do café, 2024 por exemplo, teve um resultado frustrado graças ao clima.

Já para o café conilon, a produção deverá alcançar 17,1 milhões de sacas, um crescimento expressivo de 17,2%, segundo maior da série histórica.

Mercado

Para o diretor de Análise Econômica e Políticas Públicas do Mapa, Silvio Farnese, o crescimento do consumo de café, os estoques reduzidos e as condições climáticas que afetaram o Brasil, contribuirão para manutenção dos preços.

” As condições de abastecimento fora do Brasil estão reduzidas e, portanto, o Brasil tem uma participação muito grande. Isso foi visto nas exportações ano passado, 50 milhões de sacas para 116 países, então a participação do Brasil foi importante. Todos os fatores estão indicando que as cotações vão permanecer nesses valores por mais tempo.” conclui Silvio.

Vale ressaltar que ao todo a Conab realiza 4 estimativas por safra, podendo a projeção sofrer alterações.

Por Revista Cafeicultura com informações da Conab.

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