O mercado realiza ajustes e i dólar recua na sessão de hoje e também dá suporte à commodity.
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) sobem cerca de 300 pontos nesta tarde de sexta-feira (19) e recuperam parte dos ganhos registrados na véspera, quando os preços externos do grão acompanharam o câmbio diante das informações na delação da JBS que colocaram em xeque o governo Temer.
Por volta das 12h34 (horário de Brasília), o contrato maio/17 registrava 127,40 cents/lb com 480 pontos de queda (fechamento da véspera), o julho/17, referência de mercado, estava cotado a 132,50 cents/lb com alta de 285 pontos. Já o vencimento setembro/17 avançava 275 pontos, a 134,80 cents/lb, e o dezembro/17, mais distante, tinha valorização de 265 pontos e estava sendo negociado a 138,15 cents/lb.
Repercutindo as denúncias do grupo JBS em delação premiada envolvendo o presidente Michel Temer, o que pode afetar todo o processo de reformas no Brasil que animava os investidores nos últimos dias, o mercado financeiro se movimentou na véspera. No entanto, nesta sexta, o dia é de ajustes e de assimilação do conteúdo divulgado das delações.
O dólar comercial tem queda de cerca de 3%. Por volta das 12h30, a moeda norte-americana registrava queda de 2,91%, cotada a R$ 3,2902 na venda. Segundo agências de notícias, o movimento é corretivo e acompanhando os efeitos da forte intervenção do Banco Central. O câmbio impacta diretamente as exportações da commodity. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity.
Além do câmbio, que impacta diretamente as exportações, os investidores no terminal externo seguem mais tranquilos com a safra global do grão neste ano nas principais origens produtoras. A colheita no Brasil já começou. Essas informações deram bastante pressão às cotações externas do grão nos últimos dias.
A Safras & Mercado aponta que a colheita de café da safra 2017/18 do Brasil estava em 11% até dia 16 de maio. Levando em conta a estimativa de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg da consultoria, é apontado que já foram colhidas 5,47 milhões de sacas.
No Brasil, por volta das 09h32, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 475,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 462,00 a saca. Os negócios com café seguem isolados nas praças de comercialização do país.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas