Em ajustes, Bolsa de Nova York fecha com queda de mais de 100 pts, mas vencimentos continuam em US$ 1,40/lb

Nesta segunda-feira (20), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda de pouco mais de 100 pontos em ajustes técnicos ante as recentes altas.

Nesta segunda-feira (20), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda de pouco mais de 100 pontos em ajustes técnicos ante as recentes altas. No entanto, apesar do recuo na sessão de hoje, os vencimentos continuam próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso e o clima segue no foco dos operadores. A possibilidade de chuvas nesta semana também assusta os produtores, que registraram severas perdas nos últimos dias.


O contrato julho/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 139,50 cents/lb com 125 pontos de queda, o setembro/16 teve 141,30 cents/lb com 155 pontos de baixa. Já o dezembro/16 registrou 143,80 cents/lb também com 155 pontos negativos, enquanto o março/17 fechou o dia cotado a 146,20 cents/lb e 150 pontos de desvalorização.


“Após as boas volatilidades presenciadas na semana passada, tanto em Nova York quanto em Londres, o mercado buscou ajustar suas posições em operações de realizações de lucros e desta forma, um tom neutro acabou saindo prevalecido na sessão desta segunda-feira”, explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Na semana passada, os preços externos do arábica na ICE registraram alta próxima de 3%.


Segundo agências internacionais, apesar dos ajustes técnicos presenciados no mercado nesta segunda-feira, o clima ainda continua no radar dos operadores. Mapas climáticos da Somar Meteorologia mostram que a partir desta terça-feira uma frente fria presente no Sul do Brasil deve avançar em direção a São Paulo e Sul de Minas Gerais, o que poderia prejudicar a colheita da safra 2016/17 ainda mais.


De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Boa Esperança (MG), Manoel Joaquim da Costa, as chuvas retiraram a proteção natural dos frutos favorecendo a maturação mais rápida e a proliferação de microrganismos. “O grão mais seco é muito mais fácil de cair do pé e se torna café de varrição. Isso afeta bastante a qualidade da bebida”, explica. Além disso, “com essa situação, o produtor não consegue mais comercializar o grão como cereja descascado [que tem maior valor de mercado]”, ressalta.


Sem a possibilidade de colher o cereja, os cafeicultores perdem mais de R$ 100 por saca. Segundo Costa, a previsão é de que a produção do tipo cairá mais de 50% na região somente neste ano.


As chuvas dos últimos dias tiveram impactos significativos na produção. Segundo o degustador e classificador, Hugo Silva Ferreira, da Cooperativa dos Cafeicultores do Vale do Rio Verde, no Sul de Minas, é nítida a diferença nas amostras colhidas antes e depois das chuvas. “Os primeiros cafés que chegaram à cooperativa estavam mais uniformes e com sabor mais adocicado. Depois das precipitações das últimas semanas, eles ficaram mais desiguais, com grãos pretos, e o sabor mais aguado”, explica.


Levantamento reportado pela Safras & Mercado na última quinta-feira (16), a colheita de café da safra 2016/17 foi indicada em 34% até 14 de junho. Levando em conta a estimativa da consultoria de 56,4 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada foram colhidas 19,34 milhões de sacas. A colheita evoluiu 8 pontos percentuais em relação à semana anterior.


Leia a notícia na íntegra no Notícias Agricolas


Por: Jhonatas Simião

Fonte: Notícias Agrícolas

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