O governo de El Salvador criou um sistema de pagamento por serviços ambientais para ajudar os cafeicultores endividados com o Financiamento do Café conhecido como FICAFE e com o FINSAGRO Café. O projeto tem por objetivo cobrir 30% da dívida de 10.000 cafeicultores, esperando resgatar 8 milhões de colon, ou US$ 914 mil.
Empresas multinacionais, principalmente dos Estados Unidos, serão as destinatárias para a emissão de bônus por serviços ambientais do bosque cafeeiro do país, disse o Comissário Presidencial do Café, Antonio Salaverría.
A emissão de bônus “vai ao mercado secundário, especialmente de empresas multinacionais”, segundo detalhou Salaverría. O trabalho está a cargo do Banco Multisetorial de Investimentos (BMI). Em vista do café não ter sido qualificado para projetos de compra por emissão de gases, no Protocolo de Kyoto, o projeto salvadorenho entrará por outro mercado, um “paralelo” ao protocolo, segundo manifestou Salaverría.
Como os EUA não são signatários do acordo, as empresas que querem saldar suas dívidas ambientais “saem a comprar num mercado paralelo ao de Kyoto, onde vamos colocar os bônus do café salvadorenho”, ressaltou o comissário. No entanto, Salaverría não especificou se já foi colocada a primeira emissão, já que o encarregado deste trabalho é o presidente do BMI, Nicola Angelucci. “Vai caminhando muito bem”, se limitou a dizer.