É uma copa. Mas de café brasileiro

Os times vencedores dos cafés nacionais estão prestes a ser conhecidos. Amanhã termina a última etapa do Cup of Excellence, prêmio anual para os melhores grãos da safra. Os lotes dos cafés vencedores são tão especiais que uma única saca pode custar até R$ 14 mil.

Mas, para valer essa quantia, eles precisam ultrapassar três etapas e o crivo de cerca de 60 especialistas. Este ano, 352 lotes estavam inscritos para o concurso. Na etapa do júri nacional, encerrada dia 1º, passaram pela peneira 54. Esta semana, eles são novamente avaliados por 31 profissionais do café da Europa, Estados Unidos e Japão. Cada xícara ganha nota de 0 a 100. As que tiram mais de 90 são premiadas com uma espécie de Cup of Excellence Presidencial. A maior nota recebe o prêmio que faz o café ser etiquetado como melhor do Brasil.

Para adquirir essas maravilhas, os interessados – e endinheirados – devem participar de um leilão pela internet, marcado para 16 de janeiro. Ano passado, o grande prêmio foi vendido por R$ 14.872 a saca (60kg).

Deixamos de ser o melhor time da segunda divisão dos cafés, compara Sílvio Leite, conselheiro da Associação Brasileira de cafés Especiais, realizadora do concurso que está na 7ª edição e acontece em outros 7 países. Nossos grãos não são reconhecidos no exterior apenas pela quantidade, mas sim por sua excelente qualidade. As regras do Cup of Excellence avaliam corpo, sabor, doçura e grau de acidez da bebida. Este ano, vários têm notas acima de 90. Os melhores têm aroma de especiarias, são cremosos, doces e, deixam na boca um sabor de caramelo, diz Sílvio.