Dr Aldir Aldir Alves Teixeira, Diretor Geral da Experimental Agrícola/illycaffè e equipe de técnicos respondem essa dúvida e falam sobre as mudanças para o café
O setor agro mundial tem sofrido com as mudanças climáticas dos últimos anos. Essas alterações climáticas afetam negativamente a produção de café devido a fatores como o aumento da temperatura, a escassez de água e a ocorrência de eventos climáticos extremos.
Mas o que se pode fazer para mitigar os efeitos climáticos nas lavouras de café? “Embora pareça uma resposta difícil, uma das estratégias é a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, como: cultivar variedades mais resilientes, adotar o uso equilibrado e consciente de adubos e corretivos de solo, investir em captação de água e estocagem ao longo do ano, investir em irrigação, além da implantação de corredores ecológicos, implantação de quebra-ventos e manutenção das florestas, para garantir um microclima com uma temperatura mais amena”, explica o engenheiro agrônomo, dr. Aldir Alves Teixeira, Diretor Geral da Experimental Agrícola/illycaffè juntamente com a equipe de técnicos brasileiros.
Além disso, o monitoramento efetivo de pragas e doenças em ações pontuais de controle nas lavouras de café e aumento do uso de produtos biológicos e fertilizantes orgânicos são práticas que também contribuem para melhorar a resiliência das lavouras de café às mudanças climáticas, tornando-as mais capazes de lidar com condições adversas.
No entanto, enquanto alguns produtores sofrem com o excesso de chuvas em suas regiões, outros são prejudicados pela falta dela. Estes dois casos pedem medidas diferentes para proteger a lavoura apesar da adversidade climática.
Ainda segundo os profissionais da Experimental Agrícola/illycaffè, em regiões com excesso de chuvas, podem ser adotadas práticas como: subsolagem para aumentar a penetração e retenção de água pelo solo, melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo com adição de matéria orgânica, evitando a erosão típica de solos compactados, investir na arborização do cafezal para proteção contra erosão e aumentar a absorção de água do solo, além do uso de produtos biológicos para combater os patógenos do solo e disponibilizar nutrientes.
Já para as regiões onde as chuvas são escassas, pode ser implementado o plantio de variedades resistentes, com investimentos em irrigação, coleta de águas da chuva para uso em períodos mais críticos, uso da biotecnologia com fungos e bactérias benéficas para diminuir o stress hídrico, além de manter a entrelinha do cafeeiro com cobertura, seja com vegetação natural, braquiária e ou com mix de plantas, para melhor absorção de água das chuvas e reciclagem de nutrientes, através da roçada.
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