30/09/2009 10:09:20 – Administradores
Quase 75% dos executivos não dormem o suficiente. Esse foi o resultado de um estudo encomendado pela empresa Royal Philips Electronics, com 2.500 executivos em cinco países (EUA, Reino Unido, Holanda, Alemanha e Japão).
O estudo foi realizado com homens e mulheres, donos e fundadores de empresas, sócios, diretores, além de gerentes nos níveis sênior, médio e junior.
A pesquisa mostrou que 40% dos questionados apontam as preocupações referentes a assuntos de trabalho como a principal razão para a falta de sono. A vasta maioria (61%) afirma que já sofreu impacto negativo em seu trabalho devido à falta de sono.
De acordo com o estudo, o sintoma apontado pelos executivos como número 1 da falta de sono foi a diminuição da paciência/tolerância, seguido por menor entusiasmo e concentração. O dentista Fausto Ito, especialista em problemas relacionados ao sono e diretor da Ito Clínica, ressalta que o sono não é uma questão de opção e sim uma necessidade para a manutenção da saúde, de nossas funções psíquicas e da vida.
“O distúrbio do sono reduz o desempenho profissional, acadêmico e, como consequência, pode levar ao aumento da pressão sanguínea, sonolência excessiva durante o dia, mau humor, irritabilidade e dificuldade de concentração. O estresse contribui para agravar estes sintomas porque causa alterações hormonais que interferem no metabolismo e dificulta o iniciar ou a manutenção do sono”, explica o especialista.
Charles Kreisler, professor de Medicina do Sono da Harvard Medical School, afirma que ao mesmo tempo em que as corporações criam políticas para a promoção da saúde junto aos seus funcionários, muitas encorajam uma cultura de insônia, confundindo falta de sono com vitalidade e alto desempenho.
No ambiente de negócios, isso significa que as empresas costumam recompensar gerentes que trabalham 80 horas por semana, funcionários sênior que sobrevivem com apenas cinco ou seis horas de sono noite após noite, esperando que os funcionários trabalhem em uma nuvem de efeitos de mudanças de fuso-horário e cafeína.
Além das descobertas acerca da falta de sono, a pesquisa também descobriu que enquanto 96% dos executivos reconhecem que o sono inadequado pode afetar seriamente a saúde de uma pessoa, apenas 29% discutem seu padrão de sono problemático. Dos que o fazem, apenas 27% buscam ajuda médica profissional, enquanto a maioria apenas conversa sobre os seus problemas com a família e os amigos.
O dentista Fausto Ito, especialista em Apneia do Sono, ensina algumas dicas para combater a insônia. Confira.
1. Busque um horário regular para dormir e despertar;
2. Não faça uso de bebidas alcoólicas próximo ao horário de dormir;
3. Não faça uso de medicamentos para dormir sem orientação médica;
4. Não exagere em café, chá e refrigerante;
5. Alimentação leve no jantar e, principalmente, mantenha atividade física em horários adequados e nunca próximo a hora de dormir;
6. Não leve problemas do dia-a-dia para a cama.
7. Procure orientação médica especializada para diagnosticar o problema corretamente. Medidas psicológicas e medicamentos corretos podem ser úteis.
O bem estar e uma melhor qualidade de vida começam com uma boa noite de sono. Dormir bem é essencial para nossa saúde física e emocional.