Dólar tem nova queda e fecha a R$ 1,82; Bovespa vira e recua 0,12%

Por: Folha Online

O dólar comercial marcou nesta terça-feira sua quarta queda seguida e fechou o dia na menor cotação desde o final de setembro, fruto do bom humor do mercado acionário ao longo de boa parte do dia. Porém, os investidores partiram para a realização de lucros ao final dos negócios, fazendo a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) passar para o terreno negativo na última hora de negociação.


A moeda americana encerrou o dia com queda de 0,65%, vendida a R$ 1,823. Nos últimos quatro dias de negociações, a cotação já caiu 4,25%. É o menor nível desde os R$ 1,822 de 25 de setembro do ano passado. O Banco Central realizou leilão de compra da moeda no início da tarde, e adquiriu dólares com taxa de corte de R$ 1,8364.


Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo encerrou o dia vendido a R$ 1,93, com queda de 0,51% em relação ao fechamento de ontem.


Já o Ibovespa (Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista) operava em leve queda de 0,25%, para 55.860 pontos, às 16h36 (em Brasília). O giro financeiro era de R$ 4,745 bilhões.


Depois de o Ibovespa passar dos 56 mil pontos pela primeira vez desde setembro do ano passado, os investidores passaram agora a realizar lucros, assim como já tentaram no início do dia. Foram ajudados pelo fato das Bolsas americanas andarem “de lado” após a divulgação dos dados de gastos dos consumidores no país.


Os gastos tiveram aumento de 0,4% em junho, na comparação com maio, chegando a US$ 41,4 bilhões, segundo o Departamento do Comércio americano. Em maio, os gastos já haviam registrado ganho de 0,1%. O dado ficou ligeiramente acima do esperado pelos economistas, que previam uma alta de 0,3% nos gastos do consumidor em junho.


Porém, o dado não foi recebido totalmente de forma positiva pelos investidores, pois a mesma pesquisa mostrou que a renda pessoal dos americanos recuou 1,3% no mês passado. O dado dúbio faz o índice Dow Jones recuar 0,09%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,43%.


Dados sobre consumo nos EUA são acompanhados com atenção por analistas e investidores, uma vez que o consumo responde por cerca de dois terços da atividade econômica americana.


Assim como as Bolsas americanas, os preços das commodities também passaram a ficar próximos da estabilidade no final da tarde. Com isso, ações que durante o pregão sustentavam a alta do Ibovespa, como as das mineradoras e das siderúrgicas, perderam o fôlego. As preferenciais classe A da Vale recuam 0,3%, enquanto as preferenciais da Usiminas caem 1,25% e as ordinárias da CSN perdem 1,84%. As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas na Bovespa, recuam 1,29%.

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