O dólar comercial foi negociado por R$ 2,016, para venda, nas últimas operações desta quarta-feira. O valor representa um acréscimo de 1,15% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,130, alta de 0,94%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) retrocede 0,50%, aos 49.208 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 4,78 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,29%.
A aversão ao risco dos agentes financeiros finalmente empurrou os preços da moeda americana de volta à casa dos R$ 2. Profissionais de mercado destacam que a Bolsa de Valores perdeu parte de sua atratividade, desde que as ações mais negociadas ficaram mais caras, o que pode reduzir o fluxo de capital estrangeiro. E o início da temporada de balanços, tanto lá fora quanto no mercado doméstico, contribui para manter o nervosismo.
Hoje, o BC informou que o fluxo cambial (que mede entradas e saídas de dólares) ficou positivo em US$ 1,076 bilhão em junho, mas em função da oferta pública de ações da Visanet, que teve forte participação de investidores não-residentes.
“O mercado de dólar pronto [à vista] também está um pouco sem liquidez, o que deixa a taxa ainda mais volátil. O Banco Central tem comprado bem todo dia, o que deixa os players com pouca margem de manobra”, comenta Carlos Alberto Postigo, gerente de operações da Casa Paulista Assessoria Bancária, braço do Banco Paulista no segmento de câmbio turismo. Para o profissional, as taxas de câmbio devem oscilar entre R$ 1,95 e R$ 2 no curto prazo.
Juros futuros
As taxas de juros previstas no mercado futuro da BM&F caíram mais uma vez nos contratos de prazo mais longo. No contrato que projeta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista recuou de 8,72% ao ano para 8,69%; para janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 9,82% para 9,77%.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou que o IPCA, índice oficial de inflação, teve alta de 0,36% em junho, ante 0,47% em maio. Em junho de 2008, a alta havia chegado a 0,74%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,80%.