16/03/2010 – 16h36
da Folha Online
Cautela tem sido o sentimento predominante dos agentes de mercado nos últimos dias. À diferença dos outros meses, não há unanimidade à vista entre os analistas sobre o resultado da reunião do Copom de amanhã, o que praticamente \”travou\” o mercado de câmbio doméstico, oscilando há cinco dias entre R$ 1,76 e R$ 1,77.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,768 nas últimas operações desta terça-feira, em um avanço de 0,16%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,771 e R$ 1,762. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,880, em alta de 0,53%.
Ainda aberta, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 1,01%, aos 69.718 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,41 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,35%.
\”O mercado está \’de lado\’ esses dias [sem tendência firme] basicamente por causa da expectativa pelo resultado do Copom. Tem muitas operações grandes que estão paradas, porque [os agentes financeiros] preferem aguardar e ter certeza do que vai acontecer. O problema é que o mercado está muito dividido desta vez. Metade acha que mantém a taxa e a outra metade acha que vai subir\”, comenta Luiz Fernando Moreira, da mesa de operações da Dascam.
E mesmo dentro da corrente dos que defendem um ajuste dos juros básicos já neste mês, não há consenso: as apostas variam entre 0,25 e 0,50 ponto percentual.
Nos EUA, o Federal Reserve (banco central americano) não surpreendeu o mercado financeiro mundial: manteve a \”banda\” de juros entre zero e 0,25% ao ano, como esperado.
A autoridade monetária também não retirou a indicação de que vai manter as taxas em nível historicamente baixo \”por um longo período\”, como alguns temiam, apesar de apontar para uma melhora das condições econômicas.
Juros futuros
No mercado futuro de juros, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas voltaram a ceder nos contratos de vencimento mais curto, mas subiram nos vencimentos mais longos.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista caiu de 10,02% ao ano para 10%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 10,51% para 10,52%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa projetada avançou de 11,62% para 11,65%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.