A devolução das perdas ocorreu gradativamente no período da manhã, em meio ao enfraquecimento do euro ante o dólar e ao anúncio da regulamentação do Fundo Soberano do Brasil, que autoriza o Tesouro Nacional a comprar ativos no mercado. A percepção de que o governo, com a regulamentação, lançou mais um comprador de dólares de grande porte no mercado local, além do Banco Central, amparou o avanço do preço.
No primeiro momento pós regulamentação do fundo, o mercado fez um leve ajuste de alta do dólar à vista, mas a expectativa é de que a valorização da moeda norte-americana seja maior quando a presença do Tesouro nas mesas de operações se efetivar. Quando o FSB foi criado, em dezembro do ano passado, o governo aplicou inicialmente R$ 14,2 bilhões em títulos do Tesouro. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o saldo do FSB até novembro era de R$ 16,161 bilhões.
O dinheiro é hoje uma reserva de poupança do governo no caso de necessidade de cumprimento da meta de superávit fiscal das contas públicas. No mercado externo, o dólar recuperou terreno ante o euro e o iene em Nova York, depois que o rebaixamento da classificação de risco de um banco de Abu Dabi trouxe de volta os temores com o crédito e levou os investidores a buscar a segurança da moeda norte-americana.
O avanço da divisa dos EUA também foi sustentado pelos dados econômicos positivos do país. O Conference Board informou que os consumidores norte-americanos ficaram mais otimistas em dezembro, quando o índice de confiança do consumidor subiu para 52,9. Agência Estado.