O dólar encerra os trabalhos com forte baixa de 1,10%, cotado a R$ 16120. Segundo operadores, os investidores estrangeiros, reforçaram suas posições vendidas no mercado futuro hoje, diante da expectativa de aumento dos juros no Brasil neste mês, enquanto nos EUA um membro votante do Federal Reserve, disse que ainda não é o momento de iniciar o processo de aperto monetário.
O movimento continua sendo estimulado pelo atraente diferencial de juros interno e externo e os fundamentos sólidos da economia brasileira, corroborados hoje pelo aumento de 1,9% da produção industrial do País em fevereiro ante janeiro, acima do previsto. Na comparação com fevereiro de 2010, a produção subiu 6,9%.
O Banco Central realizou três leilões de compra à vista e uma oferta de swap reverso, mas não foram suficientes para conter a queda do dólar. Assim, os profissionais locais acabaram indo ao mercado à vista vender dólar à tarde, ajudando a ampliar a desvalorização da divisa. O recuo do dólar ante o euro no exterior também serviu de estímulo à venda da moeda norte-americana por aqui.
Lá fora, o impacto positivo sobre o dólar do bom resultado do relatório oficial do mercado de trabalho (payroll) norte-americano de março acabou sendo anulado pelas declarações do presidente do Fed de Nova York, William Dudley, membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do banco central dos EUA, de que o Fed está comprometido em manter a política monetária frouxa por um período prolongado.