Os contratos futuros de café negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com altas, que conseguiram ser mantidas mesmo com algumas realizações de lucro e vendas de origens na parte final da sessão.
Os contratos futuros de café negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com altas, que conseguiram ser mantidas mesmo com algumas realizações de lucro e vendas de origens na parte final da sessão.
No encerramento do dia, o dezembro apresentou alta de 115 pontos, com 140,05 centavos de dólar por libra peso, com a mínima em 139,10 e a máxima em 142,25 centavos por libra, com o março aferindo um ganho final de 120 pontos, com a libra a 143,15, sendo a máxima em 145,25 e a mínima em 142,00 centavos de dólar. Na Euronext/Liffe, a posição janeiro teve baixa de 24 dólares, com 1.415 dólares por tonelada, ao passo que o março apresentou desvalorização da ordem de 23 dólares, com 1.457 dólares por tonelada.
A fraqueza do dólar, combinada com ganhos expressivos no segmento de petróleo e de metais permitiu que boas altas fossem verificadas no índice CRB, o que auxiliou o café a ter valorização. Especulações sobre as safras do Brasil e da Colômbia, assim como das fortes chuvas no Vietnã, deram algum suporte para os preços, segundo apontou um broker.
“Eu penso que a queda do dólar foi mais expressiva para o comportamento do café que essas notícias”, disse Jack Scoville, analista e vice-presidente do Price Futures Group. “O mercado global continua firme e eu acredito que há uma preocupação legítima quanto à safra do Brasil e também a respeito de uma possível produção menor que a esperada na Colômbia por conta também do clima”, sustentou o analista.
Uma umidade mais forte que o normal pode fazer com que uma florada desigual seja verificada nas zonas produtoras do Brasil, o que poderá resultar em perdas na produção, segundo apontaram alguns brokers.
Na Colômbia, um clima mais seco que o normal e uma redução no uso de fertilizantes fez com que a previsão anteriormente estabelecida para a safra fosse reduzida. No ano calendário de 2009, o país espera um total de produção de 8,3 milhões de sacas, contra 11,49 milhões de sacas de 2008 e 12,6 milhões de sacas de 2007, segundo apontou um diretor da Federacafe (Federação Nacional dos Produtores de Café da Colômbia).
A produção global de café pode cair em 2008/2009 dos 128,1 milhões de sacas estimado, por conta do clima no Brasil e no Vietnã, apontou a OIC (Organização Internacional de Café). Uma combinação de produção em queda e retração dos níveis de estoques nos países produtores pode resultar e um declínio nas exportações em 2009/2010. A Organização manteve sua estimativa para o consumo mundial de café em 2008 no patamar de 130 milhões de sacas.
Traders continuam as atividades de rolagens de posição de dezembro para março na bolsa de Nova Iorque, antes do início da notificação do primeiro contrato no próximo dia 19.
Dados da Commodity Futures Trading Commission divulgados na sexta-feira mostraram que os fundos ampliaram levemente seu total de posições vendidas na bolsa, com referência a terça-feira da semana passada.
As zonas produtoras de café do Brasil registraram chuvas esparsas ao longo do final de semana e deverão continuar tendo algumas precipitações nos próximos dias. Segundo a empresa DTN Meteorologix, tais ocorrências são favoráveis para o processo de desenvolvimento da nova safra do país.
As exportações brasileiras no mês de novembro, até o dia 6, totalizaram 85.173 sacas, contra 290.422 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, segundo informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques de café certificados na bolsa de Nova Iorque tiveram uma queda de 2.211 sacas, indo para 3,192 milhões de sacas. Os contratos em aberto na bolsa nova-iorquina recuaram 1.443 lotes, totalizando 128.054. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 28.087 lotes, com as opções tendo 5.759 calls e 1.811 puts.
O dezembro na ICE Futures US tem suporte em 139,10-139,00, 138,85, 138,70, 138,50, 138,35, 138,20, 138,00, 137,80 e 137,60-137,50 centavos de dólar por libra peso, com a resistência em 142,25, 142,40-142,50, 142,70, 142,85, 143,00, 143,15, 143,30 e 143,50 centavos por libra.