O dólar comercial caiu mais de 2% hoje e em três dias seguidos de baixa acumula agora queda de 3,77%. No encerramento das negociações do mercado interbancário de câmbio, o dólar estava cotado a R$ 1,8080, desvalorização de 2,11% no dia, taxa mínima das transações registradas hoje. No mês, passou a acumular perda de 0,66%.
O euro comercial caiu 1,13% no dia para R$ 2,1890. O dólar viveu um dia de desvalorização generalizada em relação a boa parte das divisas rivais nesta quinta-feira, na medida em que os dados sobre a economia da China em maio afastaram os temores de que a Europa pudesse afetar a recuperação global.
No Brasil, mais dois fatores contribuíram para fortalecer a moeda local em detrimento da americana pelo terceiro dia consecutivo: a elevação da taxa básica de juros ontem para 10,25% ao ano , e a aprovação do processo de capitalização da Petrobras nesta madrugada pelo Senado, dois fatores considerados atraentes ao capital estrangeiro.
Além do salto de 48,5% nas exportações da China em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, dando impulso à demanda por matérias-primas (commodities), o crescimento do emprego na Austrália foi superior ao esperado e a Nova Zelândia elevou sua taxa de juros para tentar conter o crescimento da economia.
As moedas da Austrália e da Nova Zelândia subiram mais de 2%. Com os principais temores afastados, ativos considerados seguros como dólar e ouro tiveram um dia de quedas, enquanto ações, commodities e moedas de emergentes como o Brasil se valorizaram. O alívio garantiu a volta do euro ao patamar de US$ 1,20.
No mercado local, o Banco Central realizou leilão para compra de moeda no m ercado à vista por volta das 15h40 e fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,8092.