Sexta-feira, 11 de dezembro de 2009, 10h04
CRISTINA CANAS
O dólar comercial abriu o dia em baixa de 0,85%, negociado a R$ 1,751 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,28%, cotada a R$ 1,766. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu hoje as negociações em baixa de 1,13%, a R$ 1,754.
No mercados internacionais, o gigantismo da China volta a influenciar os negócios. Depois de divulgar um crescimento de 19,2% em sua produção industrial em novembro, ante o mesmo mês do ano passado, o país imprimiu vigor aos negócios. O entusiasmo deve durar pelo menos até que saiam os dados dos Estados Unidos previstos para hoje.
Para o Brasil, a produção acelerada na China representa o aumento nos preços das commodities e nas exportações. Isso deve gerar uma pressão de queda nas cotações do dólar em relação ao real. No entanto, há um fator técnico que deixa os investidores cautelosos. Ontem, uma instituição financeira operou na compra de dólares por meio de derivativos, devido ao vencimento de uma operação estruturada. Os cálculos são de que a movimentação tenha somado cerca de US$ 1,3 bilhão. E os operadores não têm certeza de que a operação esteja encerrada.
No mercado internacional de moedas, o impacto positivo dos dados chineses é limitado pelo desalento dos investidores com a Europa. Depois do rebaixamento da classificação de risco da Grécia, da piora nas perspectivas de rating da Espanha, dos alertas sobre o déficit do Reino Unido e dos números fracos da Alemanha, os investidores preferem manter o euro em níveis baixos.