Dólar comercial abre em queda de 0,63%, a R$ 1,724

Quarta-feira, 25 de novembro de 2009, 10h13

CRISTINA CANAS

O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,63%, negociado a R$ 1,724 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,41%, cotada a R$ 1,735. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em queda de 0,52%, a R$ 1,725.

Nesta manhã, o euro mantinha-se acima de US$ 1,50, o que deve dar fôlego para o real se valorizar em relação ao dólar no pregão de hoje. A relação entre as duas moedas, no entanto, parece ter mudado. Há alguns pregões, quando o euro se aproximava da marca desta manhã, o dólar orbitava em R$ 1,70 por aqui. Do fim da semana passada para cá, alguns especialistas avaliam que o piso informal da moeda norte-americana, internamente, mudou e está em R$ 1,72.

O motivo da alteração seria a última mudança de regra cambial, estipulando a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% sobre as emissões de ações brasileiras no exterior. Mas essa avaliação não é consensual e, hoje, pode ser testada. Como encerrou o pregão de ontem em R$ 1,735, o dólar comercial rompe R$ 1,72 se a queda ultrapassar 0,86%. Não é pouco, mas em época de forte volatilidade e de agenda cheia, seria um recuo dentro do padrão, se os investidores resolverem apostar no otimismo.

Esse é o tom dado pelo mercado internacional, onde a cotação do euro ante o dólar é nada mais do que um reflexo da decisão dos investidores em buscar o risco. A valorização da moeda europeia é acompanhada de uma alta generalizada nas Bolsas e nas commodities (matérias-primas). Ela também está apoiada na avaliação de que os juros dos EUA seguirão estáveis por longo tempo e a liquidez continuará abundante, mesmo com alguns sinais de retomada da economia.