Dólar comercial abre em baixa de 0,12% a R$ 1,707
Sexta-feira, 04 de dezembro de 2009
CRISTINA CANAS
O dólar comercial abriu em baixa de 0,12%, negociado a R$ 1,707 no mercado interbancário de câmbio. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em baixa de 0,18%, a R$ 1,7055. Os mercados financeiros aguardam os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll) com grande ansiedade. Na Europa, isso resulta em queda nas principais bolsas e, no mercado de moedas, em poucas movimentações.
Aliás, esvaziada a perspectiva de adoção de medidas cambiais, desde que o ministro da Fazenda Guido Mantega disse que está satisfeito com as alterações já feitas – cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – e que novas mudanças devem demorar, a tendência é de que o real siga ainda mais colado à trajetória da moeda norte-americana no exterior. Não só hoje, mas no restante do ano. Pontos fora da curva só se justificariam com fluxos que consigam desequilibrar o mercado, segundo operadores.
O payroll será a principal influência no comportamento dos ativos hoje, em especial do dólar no mercado de câmbio brasileiro. Esse é o dado mais importante do dia e da semana e tem potencial para definir o rumo das transações. Como o indicador do mercado de trabalho privado nos EUA, divulgado na quarta-feira, mostrou corte de vagas superior ao esperado – 169 mil vagas, ante expectativa de perda de 150 mil – e o dado é visto pelos analistas como antecedente do payroll, há cautela nas mesas de operações.
Em paralelo, o mercado segue atento também às discussões sobre os desequilíbrios cambiais ao redor do mundo, com eventuais repercussões nos preços. A China declarou que não promoveu nenhuma grande mudança em sua estratégia para administrar as reservas em moeda estrangeira, apesar de algumas autoridades e economistas defenderem maior diversificação. A cópia de um livro sobre gerenciamento de câmbio publicada no site do regulador cambial do País afirmou que a estratégia de manter o dólar como parte principal das reservas e adequadamente diversificar em outras moedas atende às necessidades da nação.