07/07/2010 – 14h31
Valor Econômico
SÃO PAULO – As ordens de venda seguem firmes no mercado de câmbio com o dólar voltando a testar preços não registrados desde o começo de maio. Por volta das 14h30, o dólar comercial era negociado a R$ 1,763 na compra e R$ 1,765 na venda, queda de 0,95%, e nova mínima do dia até o momento.
No mercado futuro, o dólar com vencimento em agosto, negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), apresentava queda de 0,83%, a R$ 1,773. No câmbio externo, o euro retoma o movimento de alta ante o dólar, mas não encontra força para superar a linha de US$ 1,26.
Nas bolsas, o movimento de alta ganhou impulso. Em Wall Street, o Dow Jones subia 1,81%, enquanto o S & P 500 se valorizava 1,91%. Por aqui, o Ibovespa apontava alta de 1,42%.
De volta ao câmbio local, como acontece toda a quarta-feira, o Banco Central apresentou os dados sobre o fluxo cambial. Junho fechou com resultado negativo de US$ 4,27 bilhões, com saída na conta comercial e financeira. Já as atuações do BC no mercado à vista tiraram outros US$ 1,92 bilhão do mercado. Com isso, o saldo líquido do mês foi negativo em US$ 6,2 bilhões. Ainda assim, o preço do dólar caiu 0,93% no mês.
O mês de julho começou com resultado negativo. Nos dois primeiros dias úteis, as saídas somaram de US$ 735 milhões. Fora isso, o BC comprou outros US$ 158 milhões. Então, o saldo líquido no começo do mês foi negativo em US$ 893 milhões. Resultado pouco condizente com uma queda de 1,44% registrada pelo preço do dólar nos dois primeiros dias do mês.
Os resultados de junho e de julho, até o dia 2, voltam a reforçar a ideia de que não é o fluxo que determina preço, mas sim o que acontece no mercado futuro. Afinal, faltaram dólares e o preço da moeda caiu.
Olhando agora para o mercado futuro, no pregão de ontem, tanto bancos quanto estrangeiros foram compradores de dólares. As instituições financeiras compraram US$ 412 milhões, mas ainda mantêm posição comprada (apostas pró-real) de US$ 2,23 bilhões. Já a movimentação dos estrangeiros foi mais tímida. As compras somaram US$ 95,35 milhões, o que reduziu a posição vendida para US$ 1,52 bilhão.
(Eduardo Campos | Valor)