01/12/2006 22:12:11 –
O cafeicultor assiste “a recuperação dos preços da saca de café, que está 17% acima do seu custo de produção, estimado em R$ 229 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Porém, 80% dos envolvidos na atividade são pequenos e médios produtores, que estão com o lucro da safra 2005/2006 comprometido devido ao acúmulo de dívidas provenientes de anos anteriores. Minas é o maior produtor de café do país e 70% dos municípios desenvolvem o plantio da cultura.
A renda do setor poderá registrar alta de 20% neste ano, chegando a R$ 5,3 bilhões. De acordo com o presidente da Comissão de café da Federação da Agricultura e Pecuária do estado de Minas Gerais (Faemg), João Alberto Puliti, o cafeicultor “começa a navegar em um mar de maior tranqüilidade” por causa da recuperação dos preços, mas o governo precisa estar consciente do processo de acúmulo de dívidas. A saca de 60 quilos de café está sendo vendida a cerca de R$ 270 e R$ 275.
“O setor precisa de boa vontade governamental na composição dessas dívidas”, ressaltou Puliti. Segundo ele, a expectativa para a safra 2006/2007 é de melhora na cotação do café. A quebra de safra estimada para 2006/2007 por causa da bianualidade, somada a fatores climáticos, irá derrubar ainda mais os índices de produção do Estado. Assim, essa situação pode gerar reflexo nos preços do produto.