Discussão por chávena de café

Por: Jornal de Notícias

Discussão por chávena de café


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Magistrados e funcionários judiciais estão a braços com um processo-crime espoletado… por um hipotético furto de uma chávena de café da Pantir, no centro de Santo Tirso. As partes não se entendem e o julgamento prossegue naquela comarca. Há 20 testemunhas.


O episódio, ocorrido em Maio de 2007, degenerou numa discussão e, entre acusações de injúrias e ofensas à integridade física, o alegado furto da peça de louça, mote de toda a quezília, nem sequer consta do processo. Ou de qualquer outro, já que não foi formalizada queixa alguma a esse respeito… Porém, certo é que, como diz, em jeito de brincadeira, José, uma das testemunhas neste rocambolesco caso, “a história começa na chávena”.


E começa assim: a 10 de Maio de 2007, Maria e a colega foram até ao café da Pantir, junto ao Hospital de Santo Tirso, perto do seu emprego. Maria pediu um carioca de limão; a outra, um pingo. Voltaram no dia seguinte e fizeram os mesmos pedidos.


“Ao sair, uma funcionária virou-se para a minha colega e perguntou pela chávena, dizendo que já faltara uma no dia anterior”, recorda Maria, explicando que, para lerem as revistas que levavam, colocaram “uma chávena em cima do balcão e outra na mesa ao lado. A empregada não se apercebeu desse gesto e não notou que uma estava no balcão, porque ficou no meio de outras. A mim não perguntou nada porque a minha chávena tinha as cascas de limão…”.


A colega, que padece de problemas nervosos, ficou transtornada com a interpelação, feita em público. A irmã é alertada por Maria, e vão as duas ao café. “Perguntei à funcionária o que a levou a chamar a minha irmã de ladra e respondeu que, no dia anterior, ela já tinha tirado uma chávena”, indigna-se Paula.


“A patroa pediu à funcionária que se desculpasse. Ela virou-se para a minha irmã e disse, de dedo em riste: ‘a ti só peço desculpa por ter sido em frente a toda a gente’”, relata, ao JN.  Inconformada, Paula avançou com uma queixa por injúria contra a funcionária da Pantir. Esta contra-atacou e processou-a pelo mesmo crime.


O JN quis ouvir a empregada do café, mas esta recusou.


 

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