26-11-2010 – Na última quinta-feira, dia 25, o engenheiro-agrônomo, cafeicultor e diretor da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP), Luis Roberto Saldanha Rodrigues, conduziu apresentação, sobre a nova cafeicultura do norte pioneiro do Paraná, sustentada pelo associativismo, gestão, qualidade e sustentabilidade.
A palestra integrou a programação da FICAFE 2010 – Feira Internacional de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná, maior evento da cafeicultura do Paraná, que acontece no município de Jacarezinho, no norte pioneiro, e segue até esta sexta-feira, dia 26.
Analisando fatores como latitude, altitude e temperatura, Saldanha Rodrigues concluiu que o norte pioneiro é a região com maior vocação no Paraná para produzir cafés especiais. Como o café é um produto influenciado diretamente pelas características geográficas, o agrônomo alertou os cafeicultores sobre a importância de se adotar um método adequado para se cultivar o café na região.
“Tecnologia, conhecimento e processamento correto são receitas da qualidade, além de um manejo apropriado, secagem bem feita e controle da fermentação. Cada lote de café deve ter sua rastreabilidade, ou seja, o controle de todas as fases produtivas. Essas ações resultam em um produtor contente, com a família no campo, com renda no bolso e primando pela qualidade”, destacou.
Durante exposição, Luis Roberto Saldanha Rodrigues frisou que a missão da ACENPP é produzir e comercializar cafés especiais, com marca própria, para o mercado interno e externo, de forma organizada e sustentável, gerando renda e promovendo o desenvolvimento do norte pioneiro do Paraná.
“Sustentabilidade é fixar o produtor no campo e gerar renda para ele. É dar condições para que desenvolva sua atividade. Em vez de defeitos, nossos cafés precisam ter atributos. A associação propõe soluções para os pequenos cafeicultores que buscam espaço no mercado”, explicou.
O diretor da ACENPP ensinou que sustentabilidade envolve conhecimento, gestão e tecnologia. Para ele, a gestão sustentável na cafeicultura depende de rastreabilidade, segurança alimentar e de responsabilidade social e ambiental.
Após relembrar as visitas de missões nacionais e internacionais à região do norte pioneiro e comparar o valor médio pago para cada saca de café dos seguintes tipos de bebida: rio (R$ 180,00), riada (R$ 220,00), dura (R$ 300,00), mole (R$ 350,00) e estritamente mole (R$ 400), Luis Roberto Saldanha Rodrigues enumerou alguns dos desafios da ACENPP.
“Elevar o número de associados, ampliar investimentos em pesquisa e extensão, fortalecer a gestão das propriedades e as redes associativas, constituir uma unidade de padronização para os associados, buscar novos parceiros de negócios e conquistar a indicação geográfica como mais uma forma de diferenciação são algumas das nossas metas”, disse.