Os cafeicultores do município de Machado (MG) estão desanimados com o reajuste no preço mínimo para a saca do café arábica, de R$ 307,00, anunciado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para o presidente da Cooperativa de Machado, João Emygdio Gonçalves, caso não haja uma modificação no cenário, haverá sérias repercussões na cafeicultura da região.
“Tememos que com isso, os tratos culturais possam decrescer e podemos perder nas próximas safras. Inclusive, perder o que já fizemos no último ano. E os pequenos produtores estão um pouco mais confortáveis, uma vez que conta com o apoio das cooperativas e órgãos competentes”, afirma o presidente.
Paralelo a esse cenário, os custos de produção seguem elevados, principalmente, com a proximidade da colheita nas regiões montanhosas. Diante desse cenário, os cafeicultores poderão migrar para o plantio de outras culturas, conforme destaca Gonçalves.
“Na região que é mecanizada, a soja e o milho vão bem. A oleaginosa está entrando muito na nossa localidade, mas nas regiões de montanhas é difícil teríamos que regredir para o gado de leite”, conclui o presidente.