Central de recebimento de embalagens vazias em Patrocínio, coordenada pela Expocaccer, abre as portas para visitação da comunidade.
O Dia Nacional do Campo Limpo, celebrado no dia 18 de agosto, faz parte do calendário nacional desde 2008, e, consequentemente, integra as comemorações anuais da Expocaccer, uma vez que a cooperativa coordena a central do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) em Patrocínio.
Este é o dia escolhido para que a central de recebimentos de embalagens vazias de produtos fitossanitários do Sistema Campo Limpo abra as portas para a comunidade conhecer a importância do trabalho desenvolvido para a conservação do meio ambiente e se sensibilize com o propósito, sendo disseminadora das informações adquiridas, bem como conscientizando-se sobre descarte adequado das embalagens.
A data da celebração em Patrocínio será no dia 16 de agosto, próxima quarta-feira, com início às 08h30min e encerramento às 16h na central que está localizada na Estrada da Lagoa Seca, s/nº, juntamente à Fazenda da EPAMIG. Toda a comunidade pode participar e está convidada para esta celebração, que também comemora os bons resultados das centrais, tornando o Brasil referência na logística reversa das embalagens vazias.
Sobre o Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo é a denominação do programa gerenciado pelo inpEV para realizar a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil. Abrangendo todas as regiões do país, o Sistema tem como base o conceito de responsabilidade compartilhada entre agricultores, indústria, canais de distribuição e poder público, conforme determinações legais, o que tem garantido seu sucesso.
A importância desse programa se evidencia diante da performance da agricultura brasileira nas últimas décadas. Com a estabilização econômica, o agronegócio tem apresentado crescimento acima da média quando comparado aos setores industriais e de serviços, o que significa dizer que o uso de insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas, também teve grande crescimento. Sem a gestão dos resíduos daí resultantes, o impacto ambiental certamente seria gravíssimo. Quando as embalagens são abandonadas no ambiente ou descartadas em aterros e lixões, esses produtos ficam expostos às intempéries e podem contaminar o solo, as águas superficiais e os lençóis freáticos. Há ainda o problema da reutilização sem critério das embalagens, que coloca em risco a saúde de animais e do próprio homem.
Para que se tenha uma ideia da dimensão do problema, uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) em 1999 indicava que 50% das embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil naquela época eram doadas ou vendidas sem qualquer controle; 25% tinham como destino a queima a céu aberto, 10% eram armazenadas ao relento e 15% eram simplesmente abandonadas no campo.
A partir de 2002, porém, quando o Sistema Campo Limpo entrou em funcionamento, a maior parte dessas embalagens passou a ter destinação correta – uma soma que, desde então, já ultrapassou 200 mil toneladas. Hoje, cerca de 94% das embalagens plásticas primárias (que entram em contato direto com o produto) e 80% do total de embalagens vazias de defensivos agrícolas que são comercializadas têm destino certo. Podem ser encaminhadas para reciclagem 95% das embalagens colocadas no mercado, desde que tenham sido corretamente lavadas no momento de uso do produto no campo. As embalagens não laváveis (cerca de 5% do total) e aquelas que não foram devidamente lavadas pelos agricultores são encaminhadas a incineradores credenciados.
Esses índices transformaram o Brasil em líder e referência mundial no assunto. Em segundo lugar vem a França, com 77%, seguida pelo Canadá, com 73%. Os Estados Unidos vêm em 9º lugar, com 33%. (fonte: http://www.inpev.org.br/sistema-campo-limpo/sobre-o-sistema).