Dia Nacional do Café: comemore com uma xícara de aroma e sabor

Tempo de Comunicação – 24 de Maio de 2006

23 de maio de 2006 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café

Uma das mais antigas bebidas do mundo, o café mantém-se jovem, dinâmico e presente na mesa e no dia-a-dia de milhões de pessoas em todo o mundo. Aqui no Brasil, onde é consumido por 93% da população, o café é tão importante que desde ano passado tem uma data só sua, que foi incorporada no Calendário Brasileiro de Eventos: 24 de Maio, Dia Nacional do Café.

Coado, filtrado, tirado pelas mãos hábeis dos baristas da máquina de “espresso” (profissionais experts no preparo de café “espresso” e cappuccino), com ou sem leite, com açúcar ou adoçante, com creme ou puro. Não importa qual a variação ou qual a combinação. O café é o parceiro de todas as horas dos brasileiros. E isso não é de hoje.

Ontem e hoje

As primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para o Pará em 1727, pelo oficial português Francisco Melo Palheta. Desde então, o café praticamente fez o país, criando cidades e gerando riqueza por onde passou. Cultura nômade a princípio, do Pará o café foi para o Rio de Janeiro e de lá, seguiu para o Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo e, via Serras Fluminenses, conquistou Minas Gerais e, em seguida, Paraná e Espírito Santo.

Até os anos 50, o café respondia por mais de 60% das divisas brasileiras. A industrialização do País perseguida pelo presidente Juscelino Kubitschek (1956-1960) foi financiada em grande parte com o dinheiro obtido com a exportação desse produto agrícola. Economicamente, o café não tem mais o peso na balança comercial que teve até aquela década, o que mostra que o Brasil cresceu, deixou de ser agroexportador e hoje comercializa de aeronaves a bens de capital e de consumo, assim como produtos agrícolas diversificados. Mas a importância do produto na economia do País continua inquestionável: somos os maiores produtores do mundo, com safras em torno de 35 milhões de sacas, e os maiores exportadores, detendo mais de 30% do market-share. E ainda representamos o segundo maior mercado consumidor, com quase 16 milhões de sacas/ano.

O agronegócio café é hoje integrado por uma rede imensa de agentes, incluindo agrônomos e pesquisadores; possui uma estrutura comercial e exportadora ágil e apta a fazer fluir com rapidez qualquer volume de safra; têm um parque industrial pronto para atender tanto a demanda de café torrado e moído quanto de café solúvel, e possui uma base produtora que a cada dia revela sua altíssima qualidade, dados os investimentos realizados pelos cafeicultores. Além disso, o agronegócio conta com parceiros em todas as áreas, que são os fornecedores de insumos, máquinas e serviços, de um lado e, de outro, os profissionais do comércio, como supermercados, cafeterias, panificadoras, bares, hotéis e restaurantes.


Arte, Cultura & Prazer

Como produto, o café sempre foi fonte de inspiração, como comprova o fato de duas novelas que estão sendo exibidas o terem como pano de fundo: a “Sinhá Moça”, de Benedito Ruy Barbosa, na TV Globo às 18h00, e a “Cidadão Brasileiro”, de Lauro César Munis, transmitida pela TV Record às 20h15.

Voltando no tempo, o que se percebe é que nenhuma outra lavoura gerou tantos benefícios ao país quanto o café. Inspirou gênios como Cândido Portinari, Tarcila do Amaral e Djanira, e patrocinou grandes eventos, como a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo em 1922, que mudou radicalmente a arte brasileira.

Café faz bem para a saúde. Estimula o raciocínio, a memória, aumenta o estado de vigília. É uma bebida social, que aproxima e faz amigos. E o ato de tomar café pode significar uma prazerosa pausa na correria que se vive no trabalho, em casa ou na escola.

Todo dia é dia de café, de Norte a Sul do Brasil. Mas no Dia 24 de Maio é a vez de indústrias, produtores, exportadores, cooperativas, jornalistas, artistas, escritores e consumidores retribuírem com uma homenagem especial essa fonte inesgotável de prazer, aroma e sabor.

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