O projeto Agro.Br tem auxiliado este processo
Quase 90% dos cafés especiais produzidos no Brasil são exportados, segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). De olho nesse mercado, cafeicultores da região das Matas de Minas estão participando do programa Agro.Br, iniciativa da CNA em parceria com a Apex Brasil.
Os produtores da região representam quase um quinto dos atendidos pelo projeto em Minas Gerais, segundo o consultor do projeto que atua junto ao Sistema Faemg Senar, Paulo Március Campos. “O nível do produto deles é altíssimo. Temos aqui cafés certificados, muito bem pontuados e produtores que já exportam indiretamente, mas não estão vendendo pelo maior preço”, explicou.
Nesse sentido, o consultor apontou que o objetivo do Agro.BR tem sido levar formação, informação e oportunidade para que eles possam se preparar para vender os seus cafés de forma direta, com o melhor preço e sem timidez para encarar o mercado internacional.
Avanço
Cafeicultores da região estão avançando nesse processo e recebendo seus planos de exportação e portfólios. O portfólio produzido em cinco idiomas (português, inglês, espanhol, mandarim e árabe), auxilia no contato com os futuros compradores e representa um passo importante.
Duas cafeicultoras e uma cooperativa das Matas de Minas receberam o material durante o 25º Simpósio de Cafeicultura realizado em Manhuaçu esta semana.
A entrega aconteceu durante reunião conduzida por Paulo Március. “Nossa função é colocar esse pessoal na vitrine do mundo. Estivemos no evento no ano passado e agora apresentamos resultados positivos com produtores engajados no projeto”.
Ele ainda destacou que grande parte desses produtores são atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte, essencial nessa construção. “O ATeG atua da porteira para dentro, e o Agro. BR porteira a fora para deixarmos o conceito de sermos só celeiro do mundo e sermos também supermercado do mundo”.
Uma das contempladas com a entrega do portfólio foi a cafeicultura Adélia Vivian Abreu, de Simonésia. Ela contou que vem de uma família de cafeicultores, e está investindo na atividade há quatro anos. Dona da marca AVA Café Especial, ela faz parte de um grupo do ATeG Café+Forte e tem planos para os próximos passos com o Agro.BR.
“A expectativa é aprender, e no final desse período exportar muito. Participo das palestras, leio os materiais, e já imagino o meu café pelo mundo. é isso que eu quero, e é isso que estou me esforçando para que aconteça”.
O mundo ao alcance de todos
Para Paulo. Adélia Vívian e os demais produtores das Matas de Minas são exemplos de que a exportação pode ser uma alternativa viável para todos os produtores rurais. “Independentemente do tamanho da produção, eles não precisam temer o mercado internacional porque tem um excelente produto”, comentou.
Todos os cafeicultores que receberam o portfólio estão aptos a participar de rodadas de negócios organizadas e divulgadas pelo Agro.BR. Vale destacar que os documentos também estão disponíveis na Vitrine Virtual do projeto. Na reunião eles também receberam a missão de se prepararem para a Semana Internacional do Café (SIC). “Vamos colocá-los de frente com os compradores e temos ótimas perspectivas para o evento deste ano”, afirmou Paulo.
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