fonte: Cepea

Dia do Panificador

Dia do Panificador


Perfil mais abrangente Padarias têm atendido cada vez mais o cliente que vai ao local para comprar pão e fazer refeições


FELIPE RODRIGUES
Da Gazeta de Piracicaba
felipe.rodrigues@gazetadepiracicaba.com.br


Hoje é Dia do Panificador, profissão que é responsável por tornar possível comer aquele pãozinho fresquinho junto com o café pela manhã. Mas engana-se quem pensa que padaria é sinônimo estritamente de pão. Esse pode ser um conceito para as panificadoras de antigamente, mas agora a conjuntura é outra e acompanhada de perto por entidades como a Apapir (Associação da Indústria de Panificação e Confeitaria de Piracicaba), presidida por Levi Roccia.


A nova realidade das padarias de Piracicaba é possibilitar com que as pessoas não só comprem o sagrado pãozinho de cada dia, mas também possam fazer refeições, além de comprar bebidas e guloseimas antes só encontradas em supermercados. Há ainda espaço para leituras, com direito a diferentes tipos de café e mesas preparadas especialmente para quem gosta de sentar e curtir o ambiente.


Essa tendência busca atender os fregueses que, com o corre-corre do dia-a-dia, acabam comendo fora de casa. No Brasil, 25% da população não faz as refeições em casa. Por isso, um dos desafios das panificadoras é atender (e entender melhor) esse público, em trabalho feito em conjunto com entidades como o Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas), que aponta essas características do novo perfil do público que frequenta as padarias.


CONSUMO. A população de Piracicaba consome diariamente uma média de 400 mil pães. É cerca de um filão por dia para cada habitante. Em todo o Brasil, o consumo chega a 30 quilos de pães por ano para cada pessoa, um índice bastante baixo, principalmente se comparado à média de países vizinhos, como Chile e Argentina, que consomem 50 quilos individualmente, ou seja, aproximadamente 80 quilos de pães/ ano/ pessoa.


A Apapir acredita que o baixo consumo de pão pelo brasileiro passa principalmente por questões climáticas. O Brasil conta com clima tropical e, no lugar do pão, muita gente opta por frutas. Os pães são mais consumidos na época de inverno e nas regiões mais frias, como o sul do País. No norte, a população costuma trocar o pão por alimentos como a macaxeira ou a tapioca.


Outro fato é a questão estética. Como um país de população jovem, o Brasil é também um lugar de pessoas vaidosas, que cultivam o conceito de que pão engorda. A Associação Brasileira da Indústria de Panificação, com a finalidade de modificar essa mentalidade, quer rebater esse conceito, divulgando e apoiando os empresários do setor a mostrar que, além de importante, o pão é um alimento obrigatório até mesmo nas dietas recomendadas por profissionais nutricionistas.


COMEMORAÇÃO. Só em Piracicaba, são mais de 150 panificadoras. Para celebrar a profissão, acontece hoje, a partir das 20h30, jantar em homenagem à data, no Clube de Campo de Piracicaba. A data é comemorada por causa de Santa Isabel, conhecida como multiplicadora dos pães. No dia 8 de julho é comemorado o Dia do Panificador e de Santa Isabel, padroeira dos padeiros.


A história da santa retrata que, em 1333, em Portugal, ela empenhou joias para comprar trigo e manter sua tradição: distribuir pão aos pobres, pois o país passava por uma onda de fome. Na época, os pães eram assados sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas. A utilização de fornos de barros para cozer os pães teve início com os egipcíos.


NÚMERO


400 mil pães por dia consomem em média os piracicabanos.

Mais Notícias

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.