Dia de Campo destaca cuidados com a lavoura cafeeira e alternativas para a pecuária leiteira

O encontro discutiu temas como renovação da lavoura, monitoramento da broca e secagem do café, além da integração lavoura, pecuária e floresta como alternativa sustentável e de diversificação de renda para os produtores de leite.

Belo Horizonte (11/10/2017) –  A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais -EPAMIG – realizou nesta terça-feira, 10 de outubro, no Campo Experimental de Três Pontas, a 8ª edição do Dia de Campo Café com Leite. O encontro discutiu temas como renovação da lavoura, monitoramento da broca e secagem do café, além da integração lavoura, pecuária e floresta como alternativa sustentável e de diversificação de renda para os produtores de leite.


O pesquisador da EPAMIG Gladyston Carvalho proferiu a palestra “Renovação da Lavoura: Poda ou replantio”e falou sobre a importância do planejamento na condução da lavoura. “É preciso observar como se comporta a produtividade após sucessivas podas para definir entre a recepa e o replantio. Diferentes variedades têm respostas distintas à poda”. O pesquisador orienta que novos materiais sejam plantados em pequenas áreas. “É preciso testar a nova variedade para ver como ela se adapta naquele terreno. Por isso, recomendamos também investir nas cultivares tradicionais no momento de renovação da lavoura”.


Gladyston também falou sobre o trabalho da EPAMIG no desenvolvimento e apresentação de novas cultivares, mais produtivas, resistentes e com elevada qualidade da bebida. “Nossa ideia é regionalizar, poder recomendar ao produtor a cultivar mais adequada para as características da propriedade dele. Para isso, temos atuado em parceria com a Federação do Cerrado e com a Cooxupé para testarmos a adaptabilidade de 12 novas cultivares em 28 municípios do Cerrado Mineiro e 18 do Sul de Minas”, informou, completando que a intenção é expandir os experimentos para outras regiões do Estado.


A pesquisadora Maria Celuta Viana apresentou o Sistema de Integração Lavoura, Pecuária, Floresta como alternativa para a atividade no Sul de Minas. “O Sistema é sustentável, oferece diversificação de renda para o produtor e conforto térmico ao gado. E é altamente recomendável para esta região, onde os produtores já investem em silagem”, observou.


Produtores de café e leite no município de Elói Mendes Carlos Roberto, Roseval Mendes e Arnaldo Mendes, costumam participar dos dias de campos realizados na região. “Visitamos a Expocafé todos anos e também os eventos promovidos pela EPAMIG, Emater e Procafé. Este é especial porque reúne as duas atividades, café e leite. Viemos hoje, principalmente, para assistir a palestra do Júlio César sobre a broca do café”, contou Arnaldo.


Em campo, Júlio César de Souza explicou o ciclo da broca do cafeeiro e a importância do monitoramento para evitar a infestação da praga na lavoura. O pesquisador distribuiu, aos participantes, uma planilha de monitoramento da broca e orientou quanto ao preenchimento. “Estamos no momento da floração dos cafezais, isso significa que daqui a 90 dias temos que verificar os cafezais talhão por talhão para ver se há frutos perfurados pela broca e iniciar o monitoramento e possível controle. É importante lembrar que a broca põe os ovos 45 dias após a perfuração do fruto e que antes deste período não há prejuízo aos grãos”, destacou.


A circular técnica 247 da EPAMIG, de novembro de 2016,”Importância do monitoramento da broca-do-café durante toda a safra de frutos”, traz orientações para o acompanhamento do ciclo da broca e o modelo da planilha e está disponível para download em http://www.epamig.br/download/circular-tecnica-247/#.

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.