03/06/2009 – A comercialização de café no mercado físico está lenta, apesar da firmeza das cotações internacionais. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq), a desvalorização do dólar em relação ao real reduz a competitividade do produto brasileiro, afastando exportadores do mercado. Vendedores, por sua vez, se mantêm retraídos, na expectativa de melhores preços e da divulgação das regras dos leilões de opções públicas de venda de café.
Em maio, o indicador de preço da Esalq para o café arábica, tipo 6, bebida dura para melhor, teve valorização de cerca de 4%, encerrando na sexta-feira passada a R$ 271,15 a saca de 60 quilos. Em dólar, houve alta de 12% no período, para US$ 136,86 a saca. Com relação à colheita da nova safra 2009/2010, o Cepea informa que as atividades seguem em ritmo satisfatório em todas as regiões produtoras do País.
O mercado também começa a atentar para o clima no Brasil. A entrada de uma massa de ar polar pelo Sul do Brasil ajudou a impulsionar os preços futuros na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), por causa do risco de geadas. Na segunda-feira, houve alta de 3,5% em Nova York, a 142,25 cents por libra-peso, base julho/2009. Os sinais de recuperação da economia global têm sido decisivos para a alta do mercado de café, assim como a apertada relação entre oferta e demanda pelo produto.
As informações partem do O Estado de São Paulo (Tomas Okuda).