DESPESAS E CUSTOS POR ÁREAS DE PRODUÇÃO POR MARCUS FOMM

Comum que diversas propriedades produtoras comportem culturas diferenciadas, bem como, no caso da cafeicultura talhões com quantidades e diversidades de plantas, por hectare.

Assim, a apuração e contabilização das despesas e custos deverão ser individualizadas para que se obtenha a visualização do resultado por áreas específicas.



Esse procedimento não impede que seja, ao final, apurado o resultado único do negócio, como um todo, mas a separação por áreas possibilita decisões direcionadas aos talhões e culturas específicas.

Outro aspecto trata-se do tamanho da propriedade versus área cultivada. Para a verificação da rentabilidade do negócio café há que se separar a área produtiva da improdutiva. Em alguns casos a área improdutiva sendo maior do que a área produtiva a apuração do resultado do negócio, como um todo, pode ser desfavorável ao produtor. Nesse caso, os eficientes rateios se tornam necessários. O ideal é o de que não existam áreas improdutivas.



A metodologia sugerida implica em “rateios” de despesas e custos que nem sempre são facilmente assimiladas pelos produtores. Nesse caso, faz-se necessária a cooperação de profissionais especializados em contabilidade, custos e finanças. Essa necessidade já se constitui em um grande empecilho, pois produtores resistem em despender recursos à assessoria desses profissionais. Devido ao desconhecimento mínimo de práticas financeiras acreditam serem dispêndios desnecessários e onerosos.



Lamentamos que associações de classe, cooperativas, instituições de crédito, órgãos governamentais, agrônomos, entre outros, também não valorizem esses procedimentos que são corriqueiros em outros segmentos.



Notamos que as preocupações dos cafeicultores prendem-se a aspectos técnicos de plantio, variedades de mudas, espaçamento, número de plantas, mecanização, insumos, adubação, doenças, clima, preços de venda, entre tantas outras variáveis que, claro, são importantes, mas não suficientes.

A eficiência na gestão dos negócios, em nosso entendimento, está demorando a chegar, principalmente para os pequenos e médios produtores.

Assunto que pouco interessa às revendedoras e produtoras de insumos é o compartilhamento das compras que, nesse caso, seriam realizadas em maiores volumes consequentemente com vantagens comerciais de preços e prazos.



As cooperativas e associações de classe deveriam ter papel primordial na condução e orientação quanto aos óbices verificados.

Esperamos que nossos breves comentários possam despertar, na classe produtora, uma nova visão e postura frente ao negócio café.



Atenciosamente,



Marcus Manoel Fomm

marcusfomm@globo.com

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