24/12/2012
De um total de R$ 2,5 bilhões já foram disponibilizados R$ 2 bilhões
Cerca de 82% dos recursos de R$ 2,5 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), anunciados pelo Governo federal para 2012, já foram liberados a 25 instituições financeira contratadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O dinheiro já disponibilizado financia as operações de custeio, investimento, colheita, estocagem, aquisição de café, capital de giro para a indústria e linha extraordinária de crédito destinada à composição de dívidas de produtores.
De acordo com o diretor do Departamento do Café do Mapa, Edilson Alcântara, os bancos têm prazo para aplicação dos recursos e são obrigados a demonstrar as aplicações. “E podem ser suspensos caso não cumpram as regras, lembra”.
No ano passado, segundo Alcântara, as linhas de financiamento de custeio e colheita foram prioridades do setor, enquanto que neste ano, o foco está na estocagem, por conta do maior volume da colheita. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que a safra 2012 fechou em 50,82 milhões de sacas.
No balanço do valor do Funcafé, dos R$ 2 bilhões já disponibilizados estão assim distribuídos: estocagem, R$ 1,2 bilhão de um total contratado de R$1,5 bilhão; Financiamento para Aquisição de Café (FAC), R$ 242,8 milhões de um montante de R$ 246,9 milhões; custeio, R$ 397 milhões de R$ 503 milhões; capital de giro para café solúvel, 100% dos R$ 25 milhões; capital de giro das torrefadoras, R$ 113 milhões do total de R$ 185 milhões; composição de dívidas, R$ 2 milhões de R$ 30 milhões, contratos de opções e de operações em mercados futuros, 100% dos R$ 10 milhões; e, financiamento para recuperação de cafezais danificados não houve liberações dos R$ 20 milhões empenhados.
Quanto ao saldo das liberações, Edilson Alcântara, afirma que este resultado mostra a eficiência na aplicação dos recursos e a consequente acerto da estratégia do Conselho Deliberativo da Política Cafeeira (CDPC) de privilegiar a estocagem, visto que o preço do café no Brasil teve queda bem menor do que a ocorrida no mercado internacional.