Demanda por máquinas agrícolas despenca 70%

31 de janeiro de 2006 | Sem comentários Comércio Empresas
Por: OTempo








KARLON AREDES
A
produção menor de grãos no país em 2005, quando comparado aos últimos anos, fez
a demanda por maquinário agrícola cair 70%.

Segundos dados da Case New
Holland (CNH), subsidiária do grupo Fiat produtora de tratores, colheitadeiras e
máquinas agrícolas, em 2004 foram negociados em território nacional 5.000
máquinas, número que baixou para 1.500 no ano passado.

“A forte retração
da produção de grãos, sobretudo soja na região Sul do país, reduziu as
exportações e, consequentemente, a demanda por máquinas”, disse o presidente da
CNH para a América Latina, Valentino Rizzioli.

Segundo ele, a empresa
faturou U$S 1 bilhão na América Latina em 2005, 6% menos que em 2004. No Brasil,
o faturamento atingiu US$ 500 milhões, praticamente o mesmo patamar de 2004.


“Como tivemos aumento de demanda no setor de construção, conseguimos
equilíbrio”, completa.

Segundo ele, apesar da queda da safra de grãos
ter prejudicado os negócios, o aumento de outras safras, como café e cana-de-açúcar, principalmente em
São Paulo e Minas Gerais, compensou e serve de alento para este ano, quando ele
espera resultados parecidos aos de 2005.

A CNH possui três montadoras no
Brasil. Uma em Contagem, com capacidade instalada de 5.000 máquinas para
construção, uma em Curitiba, capaz de montar 20 mil tratores por ano e 8.000
colheitadeiras, e uma no interior paulista. A fábrica mineira produziu 3.200
máquinas no ano passado, trabalhando em um turno.

Para este ano,
receberá US$ 15 milhões em investimentos para modernizar e lançar novas linhas.


O montante responde por 50% dos aportes a serem aplicados no Brasil.
Valentino Rizzioli disse que o mercado brasileiro para o agronegócio é um dos
mais promissores do mundo e que só não se desenvolve por causa dos gargalos de
infra-estrutura, burocracia, impostos e juros
altos.

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