O diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga (foto: Regis Filho/Valor), disse que a demanda internacional pelo café brasileiro está “normal” para o período. Normalmente, a procura pelo produto do país aumenta a partir de julho/agosto, com maior volume de café no mercado diante da colheita, e vai até dezembro.
No primeiro trimestre do ano, a procura é maior por cafés da América Central, cuja colheita começa entre outubro e novembro, explica Braga.
Em fevereiro, as exportações brasileiras de café deverão totalizar entre 2,4 milhões e 2,5 milhões de sacas, diz Braga, um volume considerado comum para o mês.
Em janeiro, de acordo com o Cecafé, o Brasil embarcou 2,699 milhões de sacas, aumento de 5,9% sobre o mesmo mês de 2013.
O diretor-geral do Cecafé afirma que a diferença de preços entre a cotação do arábica na bolsa de Nova York e no mercado físico não é nada relevante. Na semana passada, corretores disseram que exportadores estariam aproveitando esse diferencial, com preços maiores para o café exportado do que o vendido domesticamente, para fechar mais contratos no exterior.
A diferença, conforme Braga, pode ser explicada pela maior oferta de café de boa qualidade no mercado interno diante do fato de produtores e cooperativas não exercerem as opções de venda ao governo.
Fonte: Valor PRO via CNC