fonte: Cepea

Delta entra na China e espera que mercado entre no “top 5” dentro de 3 a 5 anos

Delta entra na China e espera que mercado entre no “top 5” dentro de 3 a 5 anos
Agência Lusa – 20/10/2014


O Grupo Delta Cafés entrou na China há quase um ano e espera que este mercado, que vale cerca de 1% das suas exportações, faça parte do “top 5” dentro de cinco anos, disse hoje à Lusa um dos administradores.


“Estamos presentes em Macau há muitos anos, através de distribuidores, e entrámos em Xangai no final do ano passado, também através de um acordo de distribuição dos nossos produtos”, explicou à Lusa o administrador do Grupo Delta Cafés, João Manuel Nabeiro.


“A entrada foi através de uma parceria com uma empresa do grupo Bright Foods, que é um dos maiores distribuidores de produtos alimentares na China”, adiantou João Manuel Nabeiro, que disse que a oportunidade “surgiu na sequência da prospeção de potenciais parceiros” que o grupo andou a fazer naquele país.


“Da primeira reunião à assinatura do contrato, as coisas correram de forma relativamente fluída e ambas as partes estão empenhadas em fazer crescer o nosso negócio e, também, acelerar o desenvolvimento do consumo de café naquele país”, afirmou.


Questionado sobre o peso da China nas exportações do grupo, João Manuel Nabeiro adiantou que atualmente “deve andar próximo a 1%”, mas o administrador acredita que “nos próximos três a cinco anos [a China] possa estar no top 5 do negócio nos mercados internacionais” do grupo.


Em relação à faturação no primeiro ano de atividade, João Manuel Nabeiro disse que “será na casa das centenas de milhar de euros, mas inferior a um milhão”.


O grupo está presente na China com as suas duas maiores marcas: Delta, com café em grão e moído, e Delta Q, nas cápsulas.


“Esta última é uma marca extraordinária para começar a criar hábitos de consumo de café expresso”, adiantou o gestor.


Sobre o investimento no mercado chinês, João Manuel Nabeiro disse que o que foi feito “está totalmente focado na vertente comercial do negócio, com o objetivo de desenvolver o mesmo em conjunto com os nossos parceiros chineses”.


Relativamente à instalação de uma unidade transformadora na China, João Manuel Nabeiro disse que não existe, nem está previsto qualquer investimento nesta área.


Em relação às vendas, o administrador referiu que “é prematuro falar em crescimento”, isto por que o negócio arrancou no final de 2013.


“Tem sido um ano encorajador quanto ao futuro, mas estamos ainda, claramente, numa fase de aprendizagem”, disse, adiantando que 2015 será “na verdade o ano 1” do negócio.


“Encaramos 2014 como o ano 0, ou seja, ano de aprendizagem, que nos serviu para aprofundar a relação com o nosso parceiro e afirmar a nossa estratégia comercial”, acrescentou.


Questionado sobre quando espera atingir o retorno do investimento (‘break-even’), o administrador explicou que “não tendo feito qualquer investimento industrial” o grupo não vê as coisas nessa perspetiva.


Isto porque “o que estamos a investir está focado em gerar experimentação e desenvolver um negócio puramente comercial, em que a comercialização é feita através dos nossos parceiros em território chinês”.


Quando questionado se a China pode servir de pólo da Delta Cafés para os países vizinhos, João Manuel Nabeiro considerou que “certamente que sim”.


O Grupo Delta Cafés encara a China “como um mercado chave no continente asiático e, por isso, um centro nevrálgico da nossa estratégia de internacionalização naquela zona do globo”, acrescentou.


Atualmente, a empresa portuguesa de Campo Maior tem um colaborador a tempo inteiro em Xangai e uma “equipa multifuncional que presta apoio desde Portugal e que acompanha também ‘in loco’ [localmente] a operação”.


A entrada na China é mais um passo na internacionalização do Grupo Delta Cafés, mercado “altamente apetecível, com ritmos de crescimento elevadíssimos e com a abertura dos consumidores chineses em experimentar produtos de elevada qualidade, mesmo que estrangeiros”, adiantou.


“É precisamente neste eixo da elevada qualidade e sabor único do nosso café expresso que assenta a nossa aposta nesse país”, concluiu.


*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa


 

Mais Notícias

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.