O grupo Novadelta quer desenvolver soluções ecológicas para valorizar as «borras» de café, no âmbito de uma parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade que prevê acções para compensar impactos negativos e beneficiar os ecossistemas.
A parceria, que é hoje formalizada, insere-se no âmbito da iniciativa «Business&Biodiversity», uma das prioridades da presidência portuguesa da União Europeia, tornando-se a Delta na quarta empresa portuguesa a aderir ao objectivo europeu de «Parar a perda da biodiversidade até 2010», depois do banco BES, da EDP e da cimenteira Secil.
O memorando de entendimento define vários objectivos: gestão da bioversidade ao nível da produção de café na origem, impactes sobre os ecossistemas da transformação e distribuição de café e sensibilização da sociedade.
A Delta pretende, por exemplo, encontrar soluções ecológicas para a valorização energética e agrícola dos resíduos resultantes da utilização do café, as chamadas «borras».
Apoiar a formação de técnicos superiores na área de Agronomia, através de bolsas de estudo nos países produtores de café, e desenvolver um programa de comércio justo em Angola são outras das iniciativas propostas.
Ainda neste país, a empresa do grupo Nabeiro quer fazer o levantamento das necessidades locais a nível de plantas de café em Angola, na província de Luanda, em cooperação com o Instituto Nacional de Café Angola (INCA) para melhorar as práticas agro-ambientais e fitofisiológicas de aproveitamento e desenvolvimento da planta do café.
Outras acções estão relacionadas com a compra e comércio de um leque alargado de variedades de espécies de café que não sejam geneticamente modificadas, provenientes de várias origens, aumentar as vendas e consumo de café certificado e reduzir e compensar emissões de gases com efeito de estufa.
12-07-2007 12:56:00